Por que 3º Plenário não pode trazer mudança para China

18/11/2013 07:45 Atualizado: 18/11/2013 07:45

A palavra de ordem da 3ª Sessão Plenária do 18º Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC) tem sido “reforma”. O plenário, uma reunião de aproximadamente 400 membros do mais alto escalão do PCC, foi transferido do centro simbólico de poder em Pequim, o Grande Salão do Povo, para o Hotel Jingxi, na periferia da cidade, precisamente para realçar o aspecto de reforma.

No Hotel Jingxi, o ex-líder Deng Xiaoping realizou o plenário em 1978 que lançou as políticas de reforma e abertura econômica, que transformariam a China. Diante de uma economia à beira de implodir e com ela colapsar o último resquício de legitimidade do PCC, a liderança do PCC quis emprestar o prestígio do evento de 1978 e prometer ao povo chinês que mudança real ocorreria na China.

A liderança comunista precisa vender a esperança de mudança para o povo chinês por causa da profunda crise que enfrenta o PCC. No entanto, a história do PCC tem sido uma sucessão de crises e de promessas e novas esperanças que nunca são concretizadas.

Em 2004, o Epoch Times publicou uma série editorial que explica por que a promessa de reforma de hoje também nunca se cumprirá. Aqui está o que os “Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês” tem a dizer sobre a possibilidade de o PCC realizar uma verdadeira reforma:

Ao longo da história, sempre que o PCC enfrentou crises, ele demonstraria alguns traços superficiais de melhora, seduzindo as pessoas a desenvolverem ilusões sobre o PCC. Sem exceção, as ilusões foram despedaçadas sucessivamente. Hoje, o PCC busca benefícios de curto prazo e ao fazer isso produziu um show de prosperidade econômica que mais uma vez convence as pessoas a acreditarem nas fantasias do PCC.

No entanto, os conflitos fundamentais entre os interesses do PCC e os da nação e do povo determinam que essa falsa prosperidade não durará. A “reforma” que o PCC prometeu tem um único propósito – manter seu regime. É uma reforma coxa, uma alteração superficial, sem substância.

Sob o desenvolvimento desigual encontra-se uma gigante crise social. Uma vez que essa crise irrompa, a nação e o povo sofrerão mais uma vez. Com a mudança de liderança, a nova geração de líderes do PCC não participou na revolução comunista e, portanto, têm cada vez menos prestígio e credibilidade na gestão do país.

Em meio a essa crise de legitimidade, proteger os interesses do PCC se tornou simplesmente a manutenção dos interesses dos camaradas do PCC. A natureza do PCC é egoísta e não conhece restrição. Esperar que o Partido Comunista possa se devotar a desenvolver o país de forma pacífica é tolice…

O comunismo foi derrotado globalmente e está fadado a se tornar cada vez mais moribundo. No entanto, quanto mais corruptas as coisas se tornam, mais destrutivo ele se manifesta em sua luta terminal. Discutir melhorias democráticas com o Partido Comunista é como pedir a um tigre que mude sua pele.

Os “Nove Comentários” tem falado diretamente com o povo chinês, explicitando-lhes pela primeira vez a natureza e a história do PCC. Os “Nove Comentários” também resultaram num movimento de renúncia ao Partido Comunista e a suas organizações afiliadas. Até o momento, cerca de 150 milhões de chineses já deram esse passo.