Uma petição assinada por 300 aldeões chineses tem colocado medo nos corações de altos oficiais comunistas.
Os moradores da vila de Zhouguantun, perto da cidade de Botou, na província de Hebei, agora conhecidos como os “300 bravos”, assinaram uma petição em abril exigindo a libertação do aldeão conterrâneo Wang Xiaodong. Wang é um praticante do Falun Gong.
Os moradores também carimbaram suas impressões digitais em cera vermelha sobre a petição e certificaram-na com um selo oficial do chefe do Partido Comunista Chinês (PCC) local, confirmando que este era realmente o desejo de todo o vilarejo.
O ato atraiu a atenção do alto escalão do PCC que considerou que a questão não era insignificante. Para alguns deles, isso significa um ataque à base do seu poder.
Mais recentemente, respondendo às demandas dos moradores, o Ministério Público retornou o caso de Wang Xiaodong para a Secretaria de Segurança Pública local em razão da insuficiência de provas.
Além disso, um advogado de Pequim expressou sua vontade de defender Wang se o caso fosse apresentado a ele, segundo um artigo anterior do Epoch Times.
Enquanto isso, os dirigentes do PCC e organizações diretamente envolvidas na perseguição ao Falun Gong têm tentado contra-atacar. O Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL) local, um poderoso e abrangente aparato estatal de segurança, continuamente perseguiu os aldeões que colocaram seus nomes na petição, tentando forçá-los a assinar uma declaração afirmando que eles não assinaram voluntariamente.
Também foi relatado que Wang Xiaomei, a irmã de Wang Xiaodong, foi sequestrada na cidade de Cangzhou neste fim de semana passado.
Obediência
Três centenas de assinaturas podem não parecer um grande número, mas assustam certos oficiais comunistas. Quais são as implicações para eles? Essa é a questão central.
Primeiro de tudo, as 300 assinaturas não apenas assustam pessoas como Zhou Yongkang, o chefe do CAPL que tem desempenhado um papel fundamental na perseguição ao Falun Gong, mas toda a liderança está com medo em diferentes graus, dependendo se pertencem ou não à facção das mãos ensanguentadas, como é conhecido o grupo dos que participaram na perseguição genocida.
Se uma pessoa não se colocar no lugar destes oficiais comunistas, a extensão de seu choque simplesmente não pode ser entendida.
Quando se fala de “poder”, os cidadãos chineses comuns associam-no com luxuosos prédios do governo, funcionários cercando oficiais em viagens domésticas e internacionais, armas e ordens de estilo comunista publicadas em jornais de propaganda.
Mas estas não são a verdadeira fonte do poder dos oficiais chineses. Quando os líderes comunistas chineses falam do poder, tem mais a ver com o controle da mente, em vez da riqueza material. O poder reside na mente das pessoas. A chave para o poder do regime reside na sua capacidade de controlar a mente das pessoas e na obtenção da obediência das pessoas. Quando as pessoas se recusam a obedecer, o poder desaparecerá.
Desobediência
Hoje, o PCC já não mais obriga as pessoas a amá-lo e concordarem com ele como já fez no passado, e é comum que as pessoas desobedeçam ao PCC em suas mentes. O controle agora toma outra forma, que é evitar que a desobediência mental se torne desobediência em ação. Este é o cerne da política do PCC de manutenção da estabilidade.
De fato, os pensamentos e ações não podem ser analisados separadamente. Em outras palavras, a desobediência mental, eventualmente, evolui para a desobediência em ação.
O PCC entende que não é possível eliminar as ações de desobediência totalmente, mas ainda mantém seu terreno. Enquanto o chão ainda está preservado, ele não perderá o poder. Como resultado, o núcleo do regime de partido único do PCC baseia-se em proteger esse poder, e o Falun Gong é o ponto principal nessa luta.
Desafio dos “300 bravos”
Algumas pessoas podem pensar, por que não coletamos assinaturas para questões como despejos forçados, problemas ambientais e corrupção? Não seríamos capazes de obter ainda mais assinaturas?
Mas essas 300 assinaturas criaram um desafio completo para o PCC. As assinaturas, impressões digitais e carimbos oficiais do chefe do PCC da vila representam a unidade em toda a vila. Além disso, o Falun Gong é a zona proibida absoluta que o PCC usa todos seus recursos para controlar.
Quando pessoas se unem e desafiam essa zona proibida, isso simboliza a perda do poder do PCC e demonstra a rejeição do povo em se submeter ao medo. Como o PCC não sentiria medo disso?
Esses oficiais que criam uma atmosfera de medo são realmente os mais terríveis. Eles temem que um dia as pessoas não temam mais, porque é o dia em que eles perderão seu terreno. Uma pessoa destemida, por outro lado, não tem necessidade de criar uma atmosfera de terror para controlar as pessoas ao seu redor. A ideologia do PCC representa o primeiro tipo de mentalidade, e o Falun Gong representa a última.
Durante a última década, uma das estratégias que o PCC usou para tentar acabar com o Falun Gong foi criar uma atmosfera anti-Falun Gong que incutisse ódio e medo, e fizesse este grupo de pessoas parecer isolado do resto.
No entanto, as 300 assinaturas são um poderoso despertar para o PCC, que na vila de Zhouguantun, ele perdeu seu terreno na perseguição ao Falun Gong. A atmosfera de medo ao Falun Gong não existe mais.
Hoje, o povo de Zhouguantun se levantou para proteger um praticante do Falun Gong. Logo, as pessoas de outras aldeias farão o mesmo.
Para pessoas como Zhou Yongkang, que arcam com os crimes da perseguição, as 300 assinaturas representam um apelo à justiça e um apelo por sua punição.
Para outros oficiais, isso é mais uma oportunidade para perceberem que a base de poder do PCC, construída sobre o medo, está ruindo. Com o colapso final se aproximando, o tempo está se esgotando para os que devem escolher o caminho de se salvarem.
Wen Zhao é um comentarista político chinês da NTDTV, atualmente residindo no exterior.
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.