Outrora um destino popular para trabalhadores estrangeiros a procura de negócios e atraídos pela possibilidade de mais de um bilhão de consumidores, a China não é mais tão atrativa como antes.
O UniGroup Relocation, uma empresa de mudanças internacional, realizou um estudo recentemente mostrando que em 2014 duas vezes mais estrangeiros emigraram da China do que se mudaram para o país.
Os resultados foram obtidos a partir de dados de clientes da empresa. O UniGroup Relocation movimenta mais de 260 mil famílias por ano em todo o mundo.
Vários fatores justificariam a saída de estrangeiros da China. O relatório do UniGroup não mencionou a campanha política do regime chinês de combate à corrupção, mas ex-emigrantes e aqueles que pretendem deixar o país disseram à mídia China Real Time, do Wall Street Journal, que a incerteza e a perturbação no ambiente de negócios causadas pela campanha do líder chinês Xi Jinping influenciou suas decisões.
Fatores mencionados no relatório do UniGroup incluem contratos de trabalho que se encerraram, o aumento dos custos de vida, a melhoria geral nas economias americana e europeia e a severa poluição na China.
A economia chinesa também não tem ido muito bem nos últimos anos, afirmou o relatório. O crescimento lento desde a crise financeira de 2009 cortou a rentabilidade das empresas multinacionais que operam na China. Como os custos de produção e da mão de obra na China subiram, algumas empresas estão se transferindo para outras nações em desenvolvimento, como a Malásia e o Vietnã.
Um diretor-administrativo do UniGroup disse a China Real Time que a empresa fez algumas “grandes realocações” de empregados corporativos da China para a Malásia, o que refletiria a mudança da atitude empresarial.