Poluição na China causa mutações em crianças
Vários estudos citados pela Bloomberg mostram que há uma correlação entre a mutação em crianças chinesas e os níveis de poluição no país, afetando-as tanto antes como após o nascimento.
O mapa mostrado no vídeo foi feito pela NASA entre 2001 e 2006. Ele indica uma média do material particulado de 2,5 micrômetros de diâmetro. Os cientistas afirmam que essa faixa de 2,5 é uma das formas de poluição do ar mais mortais, uma vez que as partículas podem penetrar nos pulmões e entrar na corrente sanguínea. O vermelho, no mapa, mostra onde estão as maiores concentrações desse material e as áreas em azul mostram os locais que apresentam os níveis mais baixos.
A poluição do ar e especialmente o material particulado de 2,5 micrômetros de diâmetro, produziram manchetes recentes quando o nevoeiro nas cidades chinesas foi rotulado como gravíssimo.
“O governo ignorou a vida das pessoas, para buscar o crescimento do PIB. Por isso agora há muitos bebês nascendo com defeitos e isso é crime. Está criando um grande impacto em nossas vidas”, afirmou o escritor Ruan Yunhua que reside em Hubei.
Ao longo de um período de dez anos, a partir do início deste século, os cientistas passaram a realizar testes em bebês na província de Shanxi, uma das maiores regiões produtoras de carvão na China.
O estudo constatou que dos 80 bebês nascidos com defeitos congênitos, todos apresentaram uma maior exposição a produtos químicos encontrados na queima do carvão. As crianças são muito mais suscetíveis do que os adultos, aos problemas de saúde decorrentes da poluição.
Os metais pesados encontrados na produção de carvão e de outros poluentes ambientais são particularmente prejudiciais para o desenvolvimento de uma criança.
Uma mulher que trabalha em uma agência internacional de adoção diz que está cada vez mais difícil encontrar crianças saudáveis na China. Ela diz que a combinação da ‘política chinesa do filho único’ e as más condições ambientais deixaram poucos bebês incólumes para adoção.
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