Cidadãos chineses que praticam a disciplina de meditação tradicional do Falun Gong enfrentaram uma nova rodada de perseguição intensa nas mãos das autoridades chinesas antes do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês (PCC). Mas depois de anos “dizendo a verdade às pessoas”, muitos cidadãos chineses e até mesmo policiais começaram a entender os fatos dessa campanha genocida.
Praticantes do Falun Gong e advogados de direitos humanos na China têm relatado um aumento dos sequestros para centros de lavagem cerebral, da tortura, de longas sentenças de prisão e da pressão na “transformação” de detentos, segundo o Centro de Informação do Falun Dafa (CIFD).
Os praticantes são geralmente abduzidos pelas forças de segurança quando alguém os denuncia por distribuir panfletos informativos sobre a perseguição.
Através dos anos, esses panfletos caseiros tem sido, invariavelmente, uma forma muito efetiva de esclarecer os fatos ao povo chinês, que cada vez mais consegue compreender além da propaganda divulgada pelas autoridades chinesas contra o Falun Gong. Numerosos relatos têm mostrado que praticantes têm sido ajudados pelos cidadãos e até mesmo alguns policiais os têm protegido.
Recentemente, o Epoch Times soube da história do Sr. Zhou, um praticante que mora na cidade de Kunming, capital da província de Yunnan. Ele disse que uma dúzia de praticantes do Falun Gong espontaneamente se juntou em festividades em parques e outros locais por vários meses antes do 18º Congresso do PCC. Eles cantavam músicas de esperança compostas por praticantes e também “esclareciam a verdade” sobre a perseguição à audiência.
“Muitos na audiência tinham lágrimas nos olhos quando souberam dos fatos da perseguição e dos crimes da colheita forçada de órgãos cometidos contra o Falun Gong pelos oficiais do Partido Comunista na China”, disse Zhou.
Dúzias de tais eventos ocorreram em várias partes da província de Yunnan, disse Zhou, e ninguém na audiência, incluindo policias à paisana e agentes de segurança no local, delataram-nos a polícia.
Mas num dia em março, num parque na cidade de Qujing, alguém ligou para a polícia e uma dúzia de pessoas foi presa.
Zhou e alguns outros praticantes do Falun Gong conseguiram escapar e Zhou decidiu retornar a sua cidade natal em Chongqing. Havia muitas barreiras policiais ao longo do caminho, mas ele foi capaz de passar por todas e evitar ser preso, porque um anônimo o ligava, sempre o avisando antes das batidas.
O anônimo lhe disse, “Eu sei a verdade agora. Sou um policial que renunciou ao PCC.”
Zhou também disse que o policial o informou que as autoridades de alto escalão no PCC sabiam das manifestações de canto e, como Zhou era o principal, o poderoso Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL) estava trabalhando duro para prendê-lo.
Zhou disse que não teve escolha a não ser deixar a China durante o 18º Congresso. Ele não estava otimista que a repressão aliviaria depois da conclusão do Congresso.
“O PCC nunca mudará para melhor”, disse Zhou, acrescentando que oficiais comunistas sem consciência apoiam o CAPL, o aparato de segurança controlado anteriormente por Zhou Yongkang. “Mas eles não puderam pegar um homem desarmado como eu.”
“A verdade é que o Falun Gong pode transformar as pessoas”, disse Zhou. “A divulgação da verdade não pode ser detida.”
Segundo o CIFD, o ex-líder chinês Jiang Zemin lançou a perseguição ao Falun Gong em julho de 1999, porque temia que a crescente popularidade da prática entre o povo chinês ofuscaria seu legado.
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