O vice-premiê turco pediu desculpas pela violência policial contra os manifestantes, mas não conseguiu acabar com os protestos antigovernamentais em andamento, enquanto os confrontos com a polícia continuaram pela quinta noite.
A polícia mais uma vez usou gás lacrimogêneo e canhões de água para controlar os protestos na terça-feira à noite, segundo a Reuters. Uma série de protestos contra o governo foi desencadeada em todo o país quando a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para desfazer uma manifestação de quatro dias contra a destruição das árvores na Praça Taksim em Istambul na sexta-feira.
O primeiro-ministro assumiu uma abordagem linha-dura sobre o protesto, rotulando os manifestantes na segunda-feira como “saqueadores” vinculados ao “terrorismo”, enquanto ele deixava o país para uma visita de Estado. Então, o vice-premiê entrou em cena na terça-feira, com uma abordagem contrastante, ao pedir desculpa pela violência policial.
“A violência excessiva, que foi usada em primeira instância contra aqueles que estavam se comportando com respeito ao meio ambiente é errada e injusta”, disse o vice-premiê Bulent Arinc numa conferência de imprensa ontem à tarde. “Nossos cidadãos mostraram sua reação legítima, lógica e justa no Parque Gezi… Peço desculpas aos cidadãos”, informou a BBC. “Mas não acho que devemos um pedido de desculpas àqueles que causaram danos nas ruas e tentaram impedir a liberdade das pessoas.”
Arinc também confirmou que uma segunda pessoa morreu durante os protestos e disse 244 policiais e 64 manifestantes ficaram feridos em todo o país. A Associação Médica da Turquia, no entanto, disse que ao longo do fim de semana pelo menos 3.195 pessoas ficaram feridas nos protestos, 26 em estado grave ou crítico, segundo o jornal Independent.
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