A sede e diversos escritórios do banco HSBC na Suíça amanheceram hoje (18) sendo devassados pela polícia de Genebra e procuradores ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmaram que contas do caso Petrobras também serão investigadas pela Justiça. A operação de busca e apreensão foi deflagrada para coleta de dados, computadores e documentos, informou a polícia suíça.
O processo foi aberto depois que um ex-funcionário vazou para a imprensa um dossiê revelando que o banco britânico ajudou 100 mil clientes de todo o mundo a lavar dinheiro. Ex-funcionários da Petrobras figuram entre as mais de 8,7 mil contas relacionadas a clientes brasileiros.
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“Vamos fazer uma análise geral de todas as acusações existentes. Por enquanto, não quero me pronunciar sobre um ou outro caso, mas todos os que foram indicados nos documentos que chegaram à imprensa serão investigados”, declarou ao veículo o procurador Olivier Jornot, que lidera o processo com Yves Bertossa. Yves é filho de um ex-procurador responsável pela investigação das contas de Paulo Maluf, iniciada em 2001.
Bancários e banqueiros do HSBC serão convocados a prestar depoimento nos próximos dias, segundo a Justiça suíça. O escândalo, que ficou conhecido como Swissleaks, expõe não somente o banco britânico, mas todo o sistema financeiro suíço que, por décadas, tem feito clientela estrangeira protegendo fortunas enviadas ilegalmente para Zurique e Genebra. Entre os clientes revelados pelos documentos, estão criminosos, traficantes de drogas e armas, ditadores, nobrezas, cantores e esportistas.