A Polícia Metropolitana de Londres prendeu ontem (25) nove homens acusados de serem membros ou de apoiar uma organização terrorista proibida no Reino Unido. Entre eles, estava Anjem Choudary, de 47 anos, ex-advogado e pregador islâmico. As demais identidades não foram reveladas.
Os agentes da unidade antiterrorista da Scotland Yard também fizeram batidas em 19 domicílios, um deles fora de Londres, na cidade de Stoke-on-Trent, a Oeste da Inglaterra.
Em nota, a Polícia Metropolitana informou que as prisões e buscas são parte de uma investigação contra o terrorismo e não representam uma resposta a nenhum tipo de risco imediato à população. Os nove suspeitos continuam detidos em delegacias de polícia da capital inglesa.
As prisões aconteceram um dia depois que o Parlamento Britânico foi convocado para decidir se o Reino Unido deve ou não promover ataques aéreos no Iraque, contra as forças do Estado Islâmico. O Parlamento se reunirá hoje (26).
A ação policial também sucedeu o discurso do primeiro-ministro britânico, David Cameron, na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (24). Na ocasião ele enfatizou que o Reino Unido está introduzindo novos poderes para oferecer mais segurança aos britânicos, dentro de suas próprias fronteiras.
Cameron citou a ampliação da capacidade de apreensão de passaportes para evitar o deslocamento de pessoas suspeitas; a possibilidade de evitar, temporariamente, que cidadãos britânicos envolvidos com grupos terroristas possam retornar ao país; a garantia de que listas de pessoas não autorizadas a embarcar sejam enviadas e respeitadas pelas companhias aéreas; e maior liberdade aos serviços de segurança para atuarem de forma mais enérgica em questões locais que representem risco ao Reino Unido.
O primeiro-ministro apelou às nações para que lutem contra todas as formas de ideologia extremista. “Temos que impedir pregadores do ódio de virem aos nossos países. Temos que banir organizações que incitem o terrorismo em nosso país e fora dele. Temos que trabalhar juntos para eliminar materiais ilegais da internet, como os recentes vídeos divulgados pelo Estado Islâmico assassinando reféns. Temos que impedir que os chamados extremistas não violentos incitem ódio e intolerância nas nossas escolas, nossas universidades e, sim, até em nossas prisões”.