Milhares de policiais agrediram residentes na cidade de Yinggehai, província de Hainan, no Sul da China, em mais um protesto contra uma usina de carvão, que tem sido local de protestos desde o início do ano. A polícia bloqueou a cidade e mais reforços da polícia militar e militares foram mobilizados para conter o protesto com bombas de gás lacrimogêneo, espancamentos, bastões elétricos e prisões.
Moradores disseram a um repórter da emissora NTDTV que cerca de metade da cidade saiu para protestar contra a cerimônia de inauguração oficial da usina em 18 de outubro. Eles disseram que a polícia avançou contra eles, enquanto as forças antichoque da cidade litorânea da ilha-província também se juntou, disparando gás lacrimogêneo contra a multidão para dispersá-los.
O Sr. Li, residente de Yinggehai, disse que dois foram presos e outros dois ficaram feridos. A polícia proibiu fotos ou gravações de vídeo e conversas telefônicas estão sendo monitoradas, disse outro morador, o Sr. Ren. Moradores disseram ao repórter que as aulas foram suspensas, as lojas fechadas e a polícia bloqueou as estradas.
Preocupações ambientais geraram os protestos sobre o Projeto da Usina Sudoeste da Corporação Chinesa Guodian. Os locais, temendo problemas de saúde e a poluição causados pelas emissões da usina, argumentaram que a usina está muito próxima de suas residências.
No início de 2012, os moradores começaram a protestar contra a construção da usina e em abril de 2012 cerca de 10 mil moradores tomaram às ruas num protesto que a polícia liquidou com gás lacrimogêneo, spray de pimenta e veículos militares. Naquela ocasião, as autoridades prometeram que a construção da usina pararia, mas os moradores duvidaram da declaração.
A Corporação Chinesa Guodian é um dos maiores grupos estatais de geração de energia da China, com divisões nuclear, hidrelétrica e eólica. A corporação encontrou problemas no passado com requisitos ambientais.
—
Epoch Times publica em 35 países em 19 idiomas.
Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT
Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT