Planeta sem estrela flutua livremente pelo espaço

17/11/2012 02:00 Atualizado: 06/08/2013 18:16
Modelo artístico ilustrando o planeta CFBDSIR2149, flutua livremente. Esse é o objeto mais próximo do nosso sistema solar. Ele não orbita uma estrela e, portanto, não brilha refletindo luz; o tênue brilho que emite só pode ser detectado por luz infravermelha (ESO/L. Calçada/P. Delorme/Nick Risinger (skysurvey.org)/R. Saito/VVV Consortium)

Um objeto foi localizado próximo ao nosso sistema solar e provavelmente seja um planeta sem uma estrela hospedeira.

Chamado de CFBDSIR2149, encontra-se há 100 anos luz de distância e aparenta ser parte do Grupo Móvel AB Doradus, uma coleção de estrelas que acreditam ser da mesma idade.

Objetos similares descobertos no passado não puderam ser claramente identificados sem que soubessem sua idade; elas podem ser anões marrons, que são objetos subestelares que carecem de energia suficiente para brilhar.

Se CFBDSIR2149 está associado a este grupo de estrelas jovens, mais de suas propriedades podem ser estimadas, incluindo sua temperatura e composição da atmosfera.

“Procurar por planetas próximos a suas estrelas é como estudar uma libélula há um centímetro de um poderoso farol de carro”, disse o principal autor do estudo, Philippe Delorme do Instituto de planetologia e astrofísica de Grenoble, França, num comunicado de imprensa.

“Esse objeto próximo que flutua livremente ofereceu a oportunidade de estudar a libélula em detalhes sem a luz ofuscante do carro para atrapalhar tudo.”

Tais mundos podem ser comuns e provavelmente surgem quando um planeta é chutado para fora do seu sistema solar ou quando se trata de uma pequena estrela ou anã marrom.

“Esses objetos são importantes, uma vez que nos ajudam a entender mais sobre como os planetas são ejetados dos seus sistemas planetários, e como objetos muitos leves podem surgir de um processo de formação de estrelas”, disse Delorme.

“Se esse pequeno objeto é um planeta que foi ejetado de seu sistema nativo, ele evoca a imagem marcante de mundos órfãos, flutuando no vazio do espaço.”

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