Planeta em forma de diamante é encontrado em estrela ‘pulsar de milissegundo’

27/08/2012 16:55 Atualizado: 11/08/2013 21:48

Concepção artística mostrando planeta em forma de diamante orbitando a estrela – ‘pulsar de milissegundo’, PSR J1719-1438. (Produções Astronômicas Swinburne)

O planeta mais denso conhecido fora do nosso sistema solar foi descoberto orbitando uma ‘pulsar’, e parece ser composto principalmente de diamante.

‘Pulsar’ são estrelas que giram rapidamente, com largura de apenas 20 km que enviam poderosos raios de ondas de rádio.

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu esta pulsar, PSR J1719-1438, na constelação de Serpens, cerca de 4.000 anos-luz de distância da Terra.

Uma pulsar de milissegundo roda mais de 10.000 vezes por minuto. É um tipo de estrela de nêutrons que se acredita ter absorvido matéria de uma companheira binária, embora cerca de 30 % destas estrelas sejam solitárias.

Seus pulsos permitiram aos pesquisadores deduzir várias informações sobre a estrela e seu satélite cristalino. O planeta orbita a pulsar aproximadamente a cada duas horas e 10 minutos, e os dois corpos estão a apenas 600.000 km de distância.

Os cientistas acreditam que o diamante enorme poderia ser os restos de uma massiva estrela anã branca que quase foi destruída pela pulsar.

“A alta densidade do planeta fornece uma pista para a sua origem”, diz Matthew Bailes da Universidade Tecnológica Swinburne de Melbourne, na Austrália, em um comunicado de imprensa.

Teoricamente, quando a anã branca perdeu quase toda a sua massa para a pulsar, a estrela de nêutrons foi transformada em uma pulsar de milissegundo, enquanto a estrela companheira era desfeita e se transformou em um núcleo de diamante.

“PSR J1719-1438 demonstra que as circunstâncias especiais podem conspirar durante a evolução de uma pulsar binária que permite às companheiras estrelas de nêutrons serem transformadas em planetas exóticos ao contrário daqueles comumente encontrados em qualquer outro lugar do universo”, concluem os pesquisadores no artigo.

“A composição química, pressão e dimensões da companheira dão certeza de que será cristalizado (isto é, em diamante).”

A descoberta foi publicada online na revista Science em 25 de agosto de 2011.

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