Condenado a 12 anos e sete meses de prisão na ação penal 470, do mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato já figura na lista de procurados do site da Interpol. Ele é descrito como “procurado pelas autoridades judiciais do Brasil por condenação/para cumprir sentença”. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) providências para tentar executar a pena do ex-diretor do BB.
Pizzolato foi condenado por lavagem de dinheiro no suposto esquema de compra de votos parlamentares do primeiro mandato do governo Lula. Com dupla nacionalidade, ele fugiu do país há cerca de 45 dias, provavelmente com seu passaporte italiano, já que o passaporte brasileiro dos investigados no processo havia sido retido pela Justiça.
Breno Melaragno Costa, conselheiro da OAB e professor de direito penal da PUC, afirmou à Globo News que acha improvável a extradição de Pizzolato para que cumpra a pena no Brasil. “Assim como o Brasil e quase todos os países, a Itália não extradita os seus nacionais. A Constituição italiana protege o cidadão italiano nesse sentido”, afirmou, descartando como causa a não extradição pelo Brasil de Cesare Battisti, condenado na Italia por assassinatos.