Pierre-Simon Laplace (1749-1827), mais conhecido simplesmente como Laplace, foi um genial matemático, físico e filosofo francês. Suas contribuições para a ciência foram grandes. O conceito de Demônio de Laplace foi proposto por Laplace e seria um ser que poderia conhecer e determinar o futuro baseado no conhecimento do passado numa relação de causa e feito.
Na época de Laplace, o conceito de universo regido por leis determinísticas e mensuráveis, portanto previsíveis, era bastante aceito. Uma época em que a ciência se baseava na mecânica Newtoniana.
Laplace lançou a seguinte ideia: um ser onisciente, que sabe tudo de todas as partículas do universo no passado e no presente, pode saber o futuro e, desse modo, o passado seria totalmente explicável e o futuro totalmente previsível. Esse ser onisciente foi chamado de Demônio de Laplace.
“Podemos considerar o presente estado do universo como resultado de seu passado e a causa do seu futuro. Se um intelecto em certo momento tiver conhecimento de todas as forças que colocam a natureza em movimento, e a posição de todos os itens dos quais a natureza é composta, e se esse intelecto for grandioso o bastante para submeter tais dados à análise, ele incluiria numa única fórmula os movimentos dos maiores corpos do universo e também os do átomo mais diminutos. Para tal intelecto, nada seria incerto e o futuro, assim como o passado, estaria ao alcance de seus olhos” – Pierre-Simon Laplace
O Demônio de Laplace, para ser capaz disso, teria que conter o próprio universo, pois ele mesmo não estaria sujeito às leis que regem o universo e deveria conhecer todas as Leis e Princípios que regem o Universo, portanto, seria um Deus em vez de demônio. No entanto, a moderna física quântica, de caráter probabilístico, contraria o pensamento determinístico da época de Laplace.
Se existe um ser que tudo conhece, que é onisciente, isso é algo para discussões acaloradas entre cientistas, filósofos e religiosos. No entanto, a ideia do Demônio de Laplace mostra-nos o quão complexos são os fenômenos que regem a natureza.