O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou que irá fazer denúncia à Justiça Federal, nos próximos dias, de 11 executivos de seis empreiteiras por ao menos cinco delitos referentes à Operação Lava Jato, segundo o site de notícias G1.
Os executivos, que se encontram presos há 22 dias na Polícia Federal em Curitiba (PR), serão acusados de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude a licitação e formação de cartel.
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O procurador ainda estuda se vai denunciá-los igualmente por associação criminosa.
Janot explicou ter sido procurado por advogados dos executivos detidos para averiguar a possibilidade de um acordo e disse que se reuniu três vezes com eles. Nessas reuniões, entretanto, os defensores não teriam concordado com o primeiro passo: de que seus clientes admitissem que cometeram crimes.
Até agora, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que também fez acordo, citou cerca de 30 políticos, entre senadores, deputados e líderes de partidos. Por enquanto apenas a denúncia premiada de Paulo Roberto Costa foi confirmada. Além dessas duas delações, outras cinco – de lobistas e servidores da empresa – estão sendo apreciadas pelo Ministério Público Federal no Paraná.
De acordo com informações obtidas pelo Jornal Nacional, Janot disse também que na delação premiada o doleiro Alberto Youssef indicou aos investigadores novos nomes de políticos envolvidos no esquema de propina da Petrobras.
Ainda segundo o Jornal Nacional, Janot disse que vai investigar se Youssef forneceu informações satisfatórias para obtenção de evidências dos delitos cometidos pelos implicados. Após essa análise, vai solicitar ao Supremo Tribunal Federal a homologação e aprovação do trato de delação premiada do doleiro ao ministro Teori Zavascki.
“Os crimes praticados por agentes econômicos e políticos estão sendo investigados e vão ser levados à Justiça. Essa investigação, no que se refere à parte penal, ela vai até o fundo e até as últimas consequências. Estamos seguindo o dinheiro, e nós vamos alcançar a todos esses infratores, que são delinquentes”, afirmou o procurador-geral da República.
Após terem ido à Suíça à procura de parte da quantia desviada, os procuradores da Lava Jato irão aos Estados Unidos para conseguir acesso à apuração feita pela Securities and Exchange Commission. A SEC americana corresponde à Comissão de Valores Mobiliários aqui do Brasil e está investigando a Petrobras.