A Petrobras investiu menos que o planejado em 2014 e fará o mesmo em 2015. No ano passado, o investimento foi de U$ 35 bilhões, montante 20% abaixo do previsto, de US$ 44 bilhões. Em 2015, a previsão é de investimento de US$ 29 bilhões, 34% a menos que o investido em 2014.
O plano de negócios da companhia para o período de 2014 a 2018 era investir US$ 44 bilhões por ano no período. O plano de negócios referente ao intervalo de 2015 a 2019 ainda não foi aprovado.
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O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que não há ainda no momento um prazo definido para a retomada da construção do Comperj, refinaria no Rio de Janeiro, e da segunda linha de produção de combustíveis da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo Bendine, ainda que os projetos de refino estejam sob avaliação, a empresa mantém interesse no setor, já que atualmente a Petrobras não refina o suficiente para atender toda a demanda nacional e tem que importar gasolina do Exterior.
“Refino é algo muito importante para a empresa e para o País. É salutar que a companhia continue investindo. À medida que a gente conseguir equilibrar as contas, a gente pode retomar esses projetos de Abreu e Lima e do Comperj”, disse.
O cancelamento de duas refinarias em fase de projeto no Nordeste – chamadas Premium 1 e 2 –, segundo Bendine, é “decisão já tomada e que não mudará”. A decisão de cancelar já havia sido tomada pela administração anterior e será mantida.
Bendine também deu a entender que a Petrobras poderá vender participações em campos do pré-sal com alto risco exploratório. Questionado se a estatal teria planos de vender ativos no pré-sal, Bendine afirmou que está fora de cogitação a venda de ativos já em produção.
Ele afirmou, contudo, que a empresa busca sócios para áreas com alto risco exploratório, dentro ou fora do pré-sal.