Peticionários de toda a China viajaram para Pequim em 5 de março para protestarem contra o Partido Comunista Chinês (PCC), enquanto oficiais participam de dois importantes encontros políticos que concluirão com Xi Jinping, atual secretário-geral do PCC, tornando-se o chefe de governo.
Centenas de manifestantes se reuniram em torno da Praça da Paz Celestial, perto do local da reunião no Grande Salão do Povo, carregando faixas, distribuindo panfletos e gritando slogans como “Abaixo com o Partido Comunista Chinês!” Centenas de peticionários também realizaram manifestações perto de Estação Ferroviária do Sul de Pequim.
Peticionários são geralmente pessoas marginalizadas que sofreram algum tipo de injustiça em suas cidades natais e não conseguiram reparação por meio dos canais locais normais, então, elas apelam às autoridades na capital, embora raramente suas queixas sejam realmente resolvidas.
O Sr. Zhang Jianping, chefe do grupo de defesa ‘Campanha dos Direitos Humanos na China’, disse que mais de 10 mil peticionários conseguiram chegar à capital, mesmo que muitos estejam sob prisão domiciliar ou impedidos de irem a Pequim antes do início das reuniões políticas.
Várias centenas de peticionários se reuniram em frente ao Parque Taoranting no distrito de Fengtai às 10h em 5 de março. Alguns gritavam “Abaixo com a corrupção! Abaixo com os oficiais corruptos!”, enquanto outros se ajoelhavam no chão em protesto e clamavam ao líder chinês Xi Jinping para “combater os tigres”, referindo-se a altos oficiais corruptos do PCC.
O peticionário Liu Xiuzhao conversou com o Epoch Times: “Havia 600 ou 700 de nós hoje. Tínhamos planejado ir ao local das duas reuniões e marchar na rua por 40 minutos. Foi uma cena espetacular e algumas pessoas estavam até mesmo de joelhos, arrastando as pernas. Finalmente, fomos bloqueados pelas forças de segurança quando cerca de cinco ou seis viaturas da polícia e mais de 20 policiais apareceram. Eles confiscaram nossas faixas, panfletos e telefones celulares.”
Quatro peticionários que carregavam faixas e panfletos foram presos na Ponte do Rio da Água Dourada na Cidade Proibida, onde mais de 20 policiais correram para o local em segundos após uma faixa ser aberta.
Um deles, Zhang Guangrui, vem apelando às autoridades há 11 anos, após os bens de sua família no valor de milhões terem sido confiscados por um tribunal local. Seu colega Li Shulan, que distribuía panfletos sobre as injustiças que as pessoas têm sofrido, está detido há 10 dias.
O Sr. Zhang Guangrui disse ao Epoch Times que quando chegou à delegacia, cerca de uma centena de pessoas já aguardava para ser processada, todas foram protestar na Praça da Paz Celestial. Ele disse que um homem idoso gritava “Abaixo com o PCC!”, mesmo depois de ter sido preso.
De acordo com entrevistas com os peticionários, pessoas de Shanghai, Jilin, Henan e Zhejiang tiveram suas identificações verificadas pela polícia e autoridades da segurança em locais ao redor da Praça da Paz Celestial. Eles foram então enviados para delegacias de polícia ou detidos em prisões negras, locais que comumente detêm peticionários para posteriormente enviá-los de volta para suas regiões de origem.
Uma mulher chamada Jiang Wenjie, de Liaoning, que atualmente vive na vila de Lu em Pequim, tentou chegar ao principal escritório de apelação para apresentar uma queixa, mas acabou tendo seu prédio cercado pelo pessoal da segurança. O impasse durou mais de 10 horas, porque ela se recusou a abrir a porta, já que as autoridades enviadas para interceptá-la não forneceram qualquer identificação. Ela havia se armado com uma faca de cozinha e gritava, “Eu os cortarei em pedaços se ousarem entrar em minha casa.”
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