Ervas tradicionais vendidas em lojas na China estão cheias de pesticidas que excedem em muito os níveis de segurança, segundo testes conduzidos pelo Greenpeace.
O grupo ambiental testou mais de 60 amostras de ervas de varejistas de medicina chinesa, incluindo a Tongrentang, uma grande empresa de Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Alguns destes suplementos de saúde foram encontrados contendo níveis de produtos químicos dezenas ou centenas de vezes acima das normas de segurança europeias.
Das ervas testadas, 74% continham resíduos de pesticidas. O pior exemplo foi encontrado na flor sanqi vendida em Pequim que continha 39 pesticidas diferentes. A madressilva e a frutinha goji vendidas em Hong Kong continham 12 pesticidas diferentes. Alguns desses produtos químicos são considerados ilegais há anos.
“Esses resultados são chocantes”, disse Kate Lin Pui-yi, uma militante do Greenpeace, ao Diário da Manhã do Sul da China, um jornal de Hong Kong. “Nós, seres humanos, até agora não compreendemos plenamente os efeitos nocivos dos pesticidas, mas há evidências de que a mistura de agrotóxicos é muito mais prejudicial [do que um único produto químico].”
Mortes relacionadas com agrotóxicos têm ocorrido na China, onde cultivadores de ervas frequentemente não sabem o quão tóxicos são os produtos químicos que utilizam. “Nem o governo nem o fabricante têm qualquer orientação. Muitas vezes, eles seguem os conselhos de estabelecimentos locais, que costumam recomendar o uso de pesticidas altamente tóxicos”, disse Kate Lin ao Diário.
Ela acrescentou que o forte cheiro das ervas encobre o cheiro dos agrotóxicos que poderiam ser identificados pelos consumidores. A legislação de Hong Kong restringe nove tipos de agrotóxicos, mas não os encontrados nas ervas. O Greenpeace tem solicitado aos oficiais chineses que façam algo a respeito e melhorem a legislação e a aplicação das leis. A Secretaria de Saúde respondeu que analisará a situação.
—
Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.
Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT
Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT