Perseguições e centros de lavagem cerebral, rotinas na China

24/02/2014 16:37 Atualizado: 24/02/2014 16:37

A sra. Li Taohua, uma praticante do Falun Gong, e outros nove praticantes foram presos por policiais da Divisão de Segurança Nacional da cidade de Lanzhou e levados para o Centro de Lavagem Cerebral de Gongjiawan.

Isso ocorreu quando eles tentaram visitar seus companheiros praticantes detidos no Centro de Lavagem Cerebral de Gongjiawan em 11 de junho de 2012. O telefone celular da sra. Li, as chaves de casa e outros pertences foram confiscados. Dinheiro foi extorquido de sua família antes que ela fosse finalmente solta em 3 de setembro de 2012.

Os outros praticantes presos simultaneamente eram: He Xiaolan, Niu Xiaoqing, Fu Julan, Li Ping, Wu Yuying, Xu Meixiang, Li Fubin, Sun Hong e Zhou Wei.

Os 10 praticantes foram interrogados separadamente por policiais de seus respectivos distritos. A sra. Li Taohua foi interrogada na Delegacia de Polícia de Wuquan até as 2 horas da manhã do dia seguinte. Ela foi enviada para o Centro de Detenção de Taoshuping, onde se recusou a assinar uma declaração de desistência da prática do Falun Gong e foi então enviada para um centro de lavagem cerebral.

Sun Hong foi enviado ao 1º Campo de Trabalho Forçado de Ping’antai e ficou lá por 18 meses; Niu Xiaoqing foi mantido no Centro de Detenção de Taoshuping; Li Fubin, Li Ping, Fu Julan, He Xiaolan, Wu Yuying e Xu Meixiang foram transferidos para o mesmo centro de detenção no dia seguinte. Li Fubin, Wu Yuying e He Xiaolan acabaram sendo enviados para campos de trabalho forçado após os interrogatórios.

“Conversas” repetitivas destinadas a forçar a sra. Li a desistir de sua crença

Os funcionários do Centro de Lavagem Cerebral de Gongjiawan repetidamente “conversaram” com a sra. Li, na tentativa de fazê-la desistir da prática do Falun Gong.

A primeira série de interrogatório incluiu Luo Xiufen, Mu Xiangyang, Qiao Xuerui e dois outros funcionários. Mu perguntou a sra. Li: “Você não sabe que o governo proibiu o Falun Gong? Por que você continua a praticar?” A sra. Li respondeu: “Eu costumava ter muitas doenças, incluindo um tumor cerebral. A medicina e cirurgias não me ajudaram. Mas fui curada por praticar o Falun Gong. Por que eu deveria desistir de tal prática magnífica?”

A sra. Li então lhe narrou sua própria experiência pessoal. Além de um tumor no cérebro, ela teve doenças nas vértebras cervicais, hiperplasia das glândulas mamárias e outros problemas de saúde. Ela foi operada no Hospital de Tiantan em Pequim em 1997. Nem a cirurgia nem os remédios a ajudaram. Ela acabou sendo internada no hospital cinco vezes. A sra. Li e toda a sua família sofriam. Suas contas médicas se tornaram um fardo para sua empresa. A saúde dela começou a melhorar quando ela iniciou a prática do Falun Gong em abril de 2003. Em poucos meses, todas as suas doenças desapareceram; o que são comentários muito comuns entre adeptos desta disciplina espiritual tradicional chinesa. Sua família e amigos testemunharam isso e passaram a apoiar a prática.

Os funcionários do centro de lavagem cerebral não puderam acreditar na história dela. Eles a mandaram para um exame de ressonância magnética. Para a surpresa de todos, o tumor cerebral da sra. Li desapareceu completamente, exatamente como ela havia dito. Eles lhe disseram: “O Falun Gong é muito bom para sua saúde. Mas não faça nada contra o Partido Comunista Chinês.”

Outro grupo de funcionários conversou com a sra. Li dois dias depois, e a acusaram de querer destruir o Partido Comunista Chinês. Por fim, a sra. Li recusou-se a desistir da prática e lhes disse calmamente: “Eu não quero destruir nenhum Partido. O Falun Gong é uma prática benéfica e eu continuarei a praticá-lo.”

Equipe de especialistas do governo usa coerção

O Comitê de Assuntos Político-Legislativos (CAPL) da província de Gansu convidou uma equipe de “especialistas” do governo para o Centro de Lavagem Cerebral de Gongjiawan em julho, para fazer os praticantes do Falun Gong desistissem de sua crença. Praticantes foram obrigados a assistir a uma série de vídeos que caluniavam o Falun Gong e o sr. Li Hongzhi, o fundador do Falun Gong. Eles também foram ameaçados e pressionados a assinar uma declaração de desistência da prática.

Um dos “especialistas”, Gong Jianqiang, do Campo de Trabalho Forçado de Huanggang, província de Hubei, forçou a sra. Li a assistir a vídeos caluniosos e até tentou forçá-la a praguejar contra o Falun Gong. O oficial a ameaçou repetidamente. Outro “especialista”, Qian, deu-lhe um sermão cheio de críticas, recheado com o jargão comunista típico da Revolução Cultural. Então, a oficial Qian ordenou a sra. Li que assinasse um documento, mas ela se recusou.

Gao Lina, vice- secretário do CAPL no distrito de Chengguan, firmou um contrato com o centro de lavagem cerebral para contratar guardas de uma empresa de segurança. Todos os custos do centro de lavagem cerebral seriam pagos com o dinheiro de praticantes do Falun Gong. Cada praticante era monitorado por dois seguranças a todo o momento, incluindo quando iam ao banheiro. Praticantes eram proibidos de falar uns com os outros ou de fazer os exercícios do Falun Gong, mas eram constantemente pressionados a desistir de praticar o Falun Gong.

Extorsão

A sra. Li ficou presa no centro de lavagem cerebral por mais de 70 dias. Após uma sessão de lavagem cerebral ter acabado, a família dela foi informada que deveria pagar uma taxa de “educação e conversão”, bem como uma taxa de segurança, antes que a sra. Li pudesse ser libertada. A família foi forçada a pagar um total de 16 mil yuanes (c. US$ 2.700) e a sra. Li foi finalmente libertada em 3 de setembro de 2012.

A sra. Li e sua família exigiram o retorno do dinheiro ao CAPL. O vice-secretário do CAPL, Gao Lina, transferiu a responsabilidade para a empresa da sra. Li, alegando que a questão do Falun Gong era controlada pelos mais altos escalões do governo. Eventualmente, 7 mil yuanes (cerca de 1.200 dólares) foram devolvidos como um “fundo de assistência” e os 9 mil yuanes restantes não foram perdidos.

Esta matéria foi originalmente publicada pelo Minghui.org