Perseguição ao Falun Gong na China completa 12 anos

20/07/2011 00:00 Atualizado: 20/07/2011 00:00

Diagrama do Falun representado por praticantes do Falun Dafa. (Minghui.org)Por trás da aparência próspera que as autoridades do Partido Comunista Chinês têm construído na última década, esconde-se um genocídio sem precedentes na história da humanidade

O genocídio cometido contra praticantes do Falun Gong está sendo investigado pelo Tribunal Nacional da Espanha, que abriu processo contra funcionários de alto escalão do Partido Comunista Chinês (PCCh) por envolvimento direto nas torturas sofridas diariamente por estas pessoas na China.

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática milenar chinesa para o benefício do corpo, da mente e do espírito. Li Hongzhi tornou-a pública na China em 1992. Graças aos benefícios à saúde experimentados pelos praticantes, seus métodos se estenderam rapidamente por toda a China e receberam todo tipo de prêmios e honrarias de diferentes órgãos estatais.

No entanto, o Regime Comunista passou a ver esta expansão como ameaça ao seu poder depois de descobrir em 1999 que o número de praticantes do Falun Gong ultrapassava 70 milhões de pessoas em toda a China, 10 milhões a mais que o total de membros do PCCh na ocasião.

Em julho de 1999, o ex-secretário do PCCh, Jiang Zemin, deu ordens para “erradicar” o Falun Gong com a frase: “Acabem com sua reputação, arruínem financeiramente e destruam-nos fisicamente.” Zemin também se vangloriou de que seria capaz de eliminar a prática em apenas três meses.

Doze anos depois, pessoas de mais de 100 países ao redor do mundo praticam livremente o Falun Gong. Milhões de pessoas já assinaram petições pedindo o fim desta barbárie do regime chinês contra seu povo. Os próprios chineses também compreendem a verdadeira natureza desta perseguição, apesar da propaganda anti-Falun Gong com a qual a mídia estatal os têm bombardeado durante anos. Até o momento, mais de 98 milhões de cidadãos chineses renunciaram ao PCCh e organizações afiliadas.

NO TRABALHO: Hu Miaomiao conduz seus alunos de jardim de infância numa canção. Em 26 de junho de 2010, ela foi sentenciada a um ano num campo de trabalhos forçados, onde foi abusada sexualmente. (Minghui.org)

Professora de jardim de infância é torturada por praticar o Falun Gong

O site da web Minghui-es.org publica semanalmente na edição em espanhol e diariamente nas edições chinesa e inglesa casos de tortura contra praticantes do Falun Gong na China, relatados por testemunhas ou, com menor frequência, pelas próprias vítimas.

Recentemente o site publicou o caso de uma jovem professora de jardim de infância de 25 anos de idade, chamada Hu Miaomiao. Ela ficou detida durante um ano num campo de trabalhos forçados em Shijiazhuang. A mãe de Hu, também praticante do Falun Gong, morreu há alguns anos em função das torturas sofridas num destes campos.

Depois de ser sequestrada em sua casa em 15 de junho de 2010 pela polícia da cidade de Zhangjiako, província de Hebei, Hu foi condenada a um ano de trabalhos forçados sem procedimento judicial, algo muito comum nos casos de praticantes do Falun Gong detidos nos chamados “campos de reeducação através do trabalho”.

Ao chegar ao campo, a jovem Miaomiao foi algemada a uma cama de ferro e várias detentas a amordaçaram com fita adesiva, cortaram seus cabelos de maneira rude e chutaram seu rosto.

Com a intenção de “reformar” os praticantes do Falun Gong, ou seja, fazer com que renunciem às suas crenças, os guardas da prisão ordenam a outros detentos que torturem os praticantes. Os guardas recebem gratificações dos superiores dependendo do número de praticantes “reformados”.

Em 28 de agosto de 2010, Miaomiao queixou-se da pesada carga de trabalho a que submetiam as prisioneiras, então os guardas ordenaram que três reclusas a torturassem. A jovem professora foi espancada e violentada com um cabo de vassoura e deram-lhe joelhadas na virilha diversas vezes até que fraturaram seu osso púbico.

Um ano depois da sentença, seu pai, Hu Mingliang, espera que as autoridades do campo de trabalhos forçados não prorroguem a sentença da filha com a simples assinatura de um papel.