Perseguição ao Falun Gong continua em 2015

15/04/2015 05:49 Atualizado: 15/04/2015 05:49

Em 2015, o regime chinês continua a prender e a tortura, às vezes até a morte, praticantes da tradicional prática de meditação Falun Gong. Estatísticas parciais revelam que ocorreram centenas de prisões ilegais e dezenas de mortes como resultado de abusos no sistema prisional chinês.

Alguns abusos comuns sofridos por praticantes incluem lavagem cerebral, espancamento, queimadura por choque elétrico, remoção de unhas, injeção forçada de drogas nocivas, privação de sono, exposição a condições meteorológicas extremas e trabalho forçado.

Falun Gong é perseguido na China desde 1999. Minghui.org, um site gerido por praticantes do Falun Gong que documenta a repressão do regime comunista à prática, descobriu que 867 praticantes foram detidos pelas autoridades chinesas de janeiro a março de 2015. Desses, 405 foram formalmente presos em 17 diferentes províncias e só 123 foram levados a julgamento. Os tribunais sentenciaram 81 praticantes à pena de prisão por razões de crença religiosa.

Repetindo os padrões dos últimos anos, a perseguição ao Falun Gong tem sido mais severa em províncias chinesas do Norte e Nordeste.

Os abusos e as agressões “levaram a pelo menos 30 mortes no período de janeiro a março de 2015, de acordo com Minghui. Os mortos – 18 mulheres e 12 homens – tinham entre 26 e 79 anos de idade. A maioria deles morreu pouco depois de serem presos.

As vítimas vieram de vários setores da sociedade: educação, engenharia, financeiro, agricultura. As informações recolhidas pelas Minghui vieram de familiares dos mortos.

Para cada caso de morte, Minghui registra o nome da vítima, sua ocupação, sua cidade, data da morte, onde foi detida, a sentença (se houver) e os abusos sofridos nas mãos das autoridades. Em março de 2015, o Minghui confirmou 3.859 mortes desde o início da perseguição (1999).

A escala real da perseguição não é conhecido, mas é muito maior do que isso. Devido à dificuldade na obtenção de informações a partir da China, os dados são incompletos e possivelmente muito aquém da realidade.

A assessoria de imprensa oficial do Falun Gong, Falun Dafa Information Center, estima que milhões de praticantes chineses foram detidos desde o início perseguição começou em 1999.

Praticantes de Falun Gong e outros prisioneiros de consciência – cristãos, budistas tibetanos, uigures, defensores de direitos humanos, etc. – foram enquadrados pelos pesquisadores como um estoque vivo de doadores de órgãos, ou seja, prisioneiros são sistematicamente mortos por seus órgãos para suprir o mercado de transplante na China. Dezenas de milhares de praticantes de Falun Gong foram mortos no sistema presidiário chinês para extração de seus órgãos.

A perseguição ao Falun Gong contínua severa em 2015, mais de 15 anos depois de seu início.