Peregrinos aproveitam o Rio após JMJ

30/07/2013 08:43 Atualizado: 14/11/2014 00:37
Depois da jornada, jovens de todo o mundo adiam a volta para curtir a cidade maravilhosa
Depois do papa em Copacabana, peregrinos esticam para aproveitar o Rio (Bruno Menezes/Epoch Times)
Depois do papa em Copacabana, peregrinos esticam para aproveitar o Rio (Bruno Menezes/Epoch Times)

RIO DE JANEIRO – Enquanto milhares de peregrinos já vêm deixando o Rio desde ontem, muitos estão aproveitando para “esticar” na cidade maravilhosa após a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), celebrada neste domingo (28) pelo Papa Francisco, que reuniu 2,3 milhões de fiéis na orla de Copacabana. Alguns também incluem no roteiro visita a municípios vizinhos.

Marco Antônio Alcayde, 25 anos, estudante de ciências políticas na cidade de Puebla, México, passará mais uma semana no Rio. Antes de ir embora, no dia 6, ele aproveitará para conhecer Cabo Frio, cidade litorânea vizinha, onde passará dois dias. Apesar do frio, ele achou o clima da cidade muito positivo durante a jornada. “Extremamente bom, muito quente.”

Jovens peregrinos passeiam pela orla de Copacabana após o encerramento da JMJ (Bruno Menezes/Epoch Times)
Jovens peregrinos passeiam pela orla de Copacabana após o encerramento da JMJ (Bruno Menezes/Epoch Times)

“A chuva e o frio não impediram que realizássemos nossas atividades. Pelo contrário, ajudou a fortalecermos nossa força de vontade. Creio que Deus quis nos dizer algo, que temos que ser mais fortes, que apesar das dificuldades temos que seguir adiante e que a fé é o que nos vai fazer ser melhores, não as coisas externas”, disse Alcayde.

Ele elogiou a hospitalidade dos cariocas. “Me pareceram pessoas extraordinariamente amáveis, muito hospitalares. São gente muito simples, que quer ajudar, muito boa, muito nobre. Nos deram tudo o que tinham, quando alguém pergunta a um carioca, ele responde e te ajuda”, disse o estudante, que também ficou encantado com a alegria, o ânimo e a “jovialidade sã” de jovens vindos de todas as partes do mundo.

Marco Antônio trabalhou como voluntário de atos culturais na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no centro do Rio. “Foi uma experiência extraordinária servir às pessoas que vêm de outros países, para que conheçam mais sobre o Rio de Janeiro. Foi muito bonito, uma experiência grandiosa”, avalia o mexicano, que também integrou o voluntariado na JMJ 2011, em Madrid.

Em grupo. Amigas ficam por mais um dia para curtir o Rio (Bruno Menezes/Epoch Times)
Em grupo. Amigas aproveitam o Rio por mais um dia (Bruno Menezes/Epoch Times)

A professora gaúcha Aline Kreuz, 21 anos, aproveitou para ficar mais um dia no Rio. Ela e suas amigas voltam hoje de avião para Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, onde moram. Aline, que chegou no dia 15, diz que a cidade começou a ficar ainda mais alegre com a chegada de mais peregrinos a partir do dia seguinte. Ela também elogiou a recepção dos cariocas e fez um balanço positivo do evento.

“Foi uma experiência incrível porque esse convívio com outras etnias, essa troca de experiências acrescenta muito, foi muito enriquecedor”, disse a professora, ressaltando também o incentivo que foi o contato com pessoas de tantos países que compartilham o mesmo caminho espiritual. “Estamos na Polônia”, disse, se referindo à próxima edição da JMJ, que será em 2016, na cidade polonesa de Cracóvia.

Esculturas de areia na praia de Copacabana dão boas-vindas ao papa e aos peregrinos. Receptividade dos cariocas foi muito elogiada (Bruno Menezes/Epoch Times)
Esculturas de areia na praia de Copacabana dão boas-vindas ao papa e aos peregrinos. Receptividade dos cariocas foi muito elogiada (Bruno Menezes/Epoch Times)

Gaúcha, ela também sentiu o frio que atingiu a cidade. “A gente saiu de uma temperatura de 0°C na minha cidade, e estava com a esperança sim de vir para o calor e aproveitar a praia nos tempos livres. Não deu, mas valeu mesmo assim, por tudo o que pudemos fazer e por ter conhecido tantas pessoas. Foi muito bom”, completou.

Desde ontem, longas filas têm se formado pela manhã na Rodoviária Novo Rio, na zona portuária, causando congestionamentos na região. Somente nesta segunda-feira, o tráfego previsto no terminal era de 65 mil pessoas, das quais 26 mil de saída, de acordo com a assessoria de imprensa da rodoviária.

São dois mil ônibus no total, 600 deles extras. A maioria seguindo para a Baixada Fluminense, na região metropolitana do estado do Rio, São Paulo e Minas Gerais. Segundo a administração da Novo Rio, aproximadamente 1,2 milhão de peregrinos passaram pelo terminal desde o dia 15.

Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Turismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) revela que os peregrinos injetaram R$1,8 bilhão de reais na cidade do Rio de Janeiro durante a jornada. Segundo o levantamento, 62% dos peregrinos são brasileiros enquanto 38% estrangeiros. A maioria (68,8%), jovens, principalmente de 16 a 24 anos.

Peregrinos caminham na orla de Copacabana no dia seguinte à missa de encerramento celebrada pelo Papa Francisco (Bruno Menezes/Epoch Times)
Peregrinos caminham na orla de Copacabana no dia seguinte à missa de encerramento celebrada pelo Papa Francisco (Bruno Menezes/Epoch Times)

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