Perdas do JPMorgan aumentam em 1 bilhão de dólares

21/05/2012 03:00 Atualizado: 21/05/2012 03:00

Pedestres caminham diante do banco Chase no coração de Times Square em 28 de novembro. (Benjamin Chasteen/The Epoch Times)NOVA YORK – A perda maciça de negociações divulgada pelo gigante bancário JPMorgan Chase & Co. aumentou em pelo menos 50%, de acordo com um relatório recente.

Os negócios falhos do JPMorgan foram inicialmente avaliados em 2 bilhões de dólares, conforme divulgado pelo CEO Jamie Dimon em 10 de maio. Mas segundo o relatório do NY Times DealBook, a perda aumentou em pelo menos 50% para 3 bilhões, citando pessoas próximas à situação no banco.

Enquanto Dimon disse desde o início que as perdas poderiam piorar e possivelmente dobrar em poucos meses, ninguém pensou que as perdas se expandiriam tão rapidamente em questão de dias.

O banco também disse que a perda final pode não refletir o período, já que os valores diários podem variar. Tais perdas de mercado-a-mercado podem não se concretizar, e podem se mover até que as posições sejam encerradas. No entanto, as perdas não inspiram confiança para Dimon e o banco.

As perdas se devem a grandes trocas de posições de créditos omissos acumulados pelo Escritório de Investimento Principal (EIP) da empresa em Londres. Dimon tem caracterizado os negócios como coberturas que deram errado, no entanto, alguns críticos argumentam que é difícil imaginar como meramente coberturas.

Bruno Iksil, a infame “Baleia de Londres”, que acumulou as posições de negociação, deixará o banco, de acordo com um relatório. Iksil segue a partida de Ina Drew, a cabeça de 55 anos do grupo EIP. Com Iksil, que tem conhecimento íntimo do comércio, fora do quadro, não está claro se a eficácia do desdobramento das posições será afetada.

Solicitação de regulamento

As perdas maciças do JPMorgan aumentaram os pedidos por mais regulamentações sobre o setor bancário, algo que os bancos de Wall Street têm se oposto.

Os críticos argumentam que os grandes bancos, que são considerados “grandes demais para falir”, como o JPMorgan custariam dinheiro aos contribuintes fazendo apostas temerárias, com pouca repercussão porque acabariam sendo socorridos pelo governo federal em caso de insolvência. Além disso, devido à natureza interconectada do sistema bancário, mesmo que estes grandes bancos fossem autorizados a falhar, o dano que poderiam causar prejudicaria a economia maior.

“Mesmo com esta perda, eu acredito que eles sejam uma das instituições mais lucrativas do país”, disse o deputado Spencer Bachus (R-Ala.), presidente do comitê da Câmara de Serviços Financeiros. “Não há risco dessa perda para os depositantes ou contribuintes.”

Embora isso possa ser verdade, a perda levanta questões sobre a gestão de risco e controles internos do JPMorgan. O FBI dos EUA estendeu consultas sobre as perdas do banco, e pelo menos dois processos judiciais foram apresentados por acionistas do JPMorgan esta semana.