Na China, o Big Brother está observando você, e em Pequim, ele acaba de receber mais olhos para melhorar a sua visão. De acordo com a mídia estatal Beijin News, as forças policiais da capital instalaram 30 mil novas câmeras de vigilância para reprimir a atividade criminosa.
O novo sistema, que vai se juntar às centenas de milhares de câmaras já em funcionamento, pretende formar “uma sólida rede de prevenção e controle”, de acordo com a Agência de Segurança Pública de Pequim.
Em 2010, as autoridades de Pequim já tinham mais de 400 mil câmeras que proporcionavam “100% de cobertura” das principais áreas públicas, artérias de tráfego, e posições estratégicas, assim como mais de 70% das zonas residenciais, reportou previamente a mídia estatal.
Estas novas câmeras possuem três níveis de vigilância, 24 horas de cobertura dos distritos essenciais, ruas movimentadas, escolas, centros de negócio, etc., e vigilância a determinadas horas em certas ruas menores, reporta a Bejin News.
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“Os vídeos de vigilância do passado tinham simplesmente a função de gravar provas, mas agora podemos identificar ativamente e lutar contra atividades ilegais”, afirmou a Agência de Segurança Pública num comunicado.
O regime comunista utiliza há longo tempo a vigilância pública para monitorizar e reprimir ativistas e grupos considerados pelo partido como subversivos. Desde o 26º aniversário dos protestos de 4 de junho e massacre na praça de Tiananmen, a atualização do sistema de vigilância de Pequim parece exercer uma função marcadamente autoritária.
O comentador político Tang Jingyuan, em conversa com o Epoch Times, indicou que os melhoramentos do sistema de vigilância de Pequim serão provavelmente para prevenir atividades de protesto que possam ocorrer durante o período do 4 de junho.
As autoridades de Pequim também usam as câmeras para monitorizar e reprimir praticantes de Falun Gong, um grupo espiritual perseguido pelo Partido Comunista Chinês desde julho de 1999, de acordo com o website de informação sobre Falun Gong sediado fora da China Minghui.org.
Os praticantes correm o risco de serem detidos, torturados e mortos sob custódia nas mãos das autoridades do regime por tentaram disseminar informação sobre a prática de Falun Gong devido à campanha de 16 anos por parte do regime para aniquilar a prática. Eles relatam serem seguidos pela polícia por meio das câmeras, além de terem os seus celulares sob escuta e suas casas serem diretamente vigiadas.
De acordo com relatórios do Minghui, as estações de comboios de Pequim estão equipadas com tecnologias de vigilância que conseguem reconhecer os traços dos praticantes de Falun Gong indexados pela Agência de Segurança Pública.