Pequim considera impor lei marcial em Hong Kong

08/10/2014 12:17 Atualizado: 09/10/2014 13:29

Republicado da revista Chengming de Hong Kong, que tem um histórico de quebrar histórias importantes que envolvem o regime chinês, como este artigo. A Chengming frequentemente se baseia em fontes anônimas no Partido Comunista Chinês.

Numa reunião do Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau realizada em 15 de setembro, Zhang Dejiang, um membro do Comitê Permanente do Politburo e presidente do Comitê Permanente do Congresso Popular Nacional, afirmou que por ordem do Politburo o status quo de “um país, dois sistemas” entre Pequim e Hong Kong seria encerrado caso a situação se tornasse crítica.

“As autoridades não tem tido um momento de paz desde o primeiro dia do retorno de Hong Kong à China”, segundo Zhang Dejiang. “Problemas políticos ocorrem um após o outro devido à instigação e apoio de potências estrangeiras e organizações internacionais anticomunistas. Essas pessoas têm a intenção de ‘provocar mudança de regime e retornar o governo para o povo’, ‘resistir o domínio comunista’, ‘deixar as pessoas em Hong Kong tomar decisões’ e ‘provocar revolta universal’.”

“Pequim tem preparado planos detalhados de mobilização para o pior cenário em Hong Kong. Se a situação não puder ser controlada, o status especial de Hong Kong de ‘um país, dois sistemas’ será encerrado”, disse Zhang Dejiang.

Seis Condições para a imposição da lei marcial em Hong Kong

Na reunião, Zhang Dejiang anunciou as estratégias definidas pelo Conselho de Estado do Comitê Militar Central da China. A guarnição do Exército da Libertação Popular (ELP) da China em Hong Kong será ordenada a impor a lei marcial sob as seguintes circunstâncias:

1. Distúrbios políticos em grande escala ocorrerem e paralisarem o governo da administração especial (de Hong Kong) e a polícia não puder manter a ordem social. A aprovação de Pequim será necessária.

2. Interesses políticos estrangeiros abertamente participarem e dirigirem os poderes políticos locais. O governo administrativo especial perder o controle da situação, agravando-se a ponto de Hong Kong exigir autonomia do governo central.

3. Revoltas armadas em grande escala ocorrerem e força letal for usada pela multidão. A multidão não se dispersar após os avisos da polícia serem emitidos.

4. A multidão atacar ou ocupar o Escritório de Ligação ou o Escritório do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Hong Kong e não se dispersar após os avisos da polícia serem emitidos.

5. Multidões atacarem as bases, portos e quartéis do ELP em Hong Kong e não se dispersarem após os avisos da polícia serem emitidos.

6. Multidões atacarem os aeroportos, portos, postos de controle, ou outros centros de transporte e não se dispersarem após os avisos da polícia serem emitidos.