A pedra de Dashka

29/10/2013 13:00 Atualizado: 05/11/2013 22:54

A pedra de Dashka
Lugar: Região dos Montes Urais, Sibéria, Russia
Data: 21 de julho de 1999

A pedra de Dashka foi encontrada na casa de um morador da área pelo professor Alexandre Chuvyrov da Universidade Estadual de Bachkirie. A pedra é constituída de um material de três camadas, que revela uma semelhança singular com a geografia de uma região dos Montes Urais.

A descoberta não tem precedentes, dado que o mapa “esculpido” é tridimensional. Sua escala é 1:1,1 cm/km e sua camada mais superficial é composta de uma folha de 2 mm de porcelana de cálcio, que atua (intencionalmente ou não) como uma cobertura protetora do desgaste para as camadas inferiores. A base do mapa é feita de dolomita de 14 cm de espessura e sua camada média, que representa o mapa real, é composto por diopsídio, um mineral de dureza 5,5 na escala de Mohs. Muitos pesquisadores opinam, segundo os testes radiográficos, que a camada média teria sido impossível de cortar sem as técnicas semelhantes às modernas.

A medição da pedra de Dashka estimou que esta tinha 1,48 m de altura, 1,06 de largura e uma tonelada de peso.

Os testes dataram a idade da pedra em cerca de 120 milhões de anos. Alguns geólogos concordam que o mapa representa a área de Bachkirie, a qual não sofreu mudanças significativas em vários milhões de anos. A área geográfica representada foi identificada, principalmente, pela grande falha de Ufa. Além disso, o mapa descreve a riqueza da hidrografia da área, incluindo os rios Sutolka, Belya e Ufimka.

Um par de conchas marinhas pré-históricas incrustadas na pedra forneceu outras provas de sua antiguidade assim como certa confusão. Uma delas revelou a idade de 50 milhões de anos, enquanto que a outra remonta de 120 milhões de anos. Os cientistas não podem discernir se as conchas são da mesma época da datação do mapa, ou eram fósseis, quando esta foi esculpida.

Um dos fatos mais surpreendentes para os analistas da pedra, são imensos sistemas de irrigação artificial, que incluem dois sistemas de canais (de 500 metros de largura) e 12 reservatórios de 3 quilômetros de profundidade. Neste hipotético sistema artificial, o rio Belaya conta também com uma obra de sistema de engenharia.

Um grupo de pesquisadores, incluindo o professor Chuvyrov, diz que o mapa poderia se tratar do fragmento de um mapa maior, que mostraria a totalidade da cadeia montanhosa que representa. Alguns até acham que poderia ser a ponta do iceberg de um mapa da Terra em escala.

Outro sinal marcante da descoberta são as inscrições que aparecem em um lado da pedra. Os sinais, que foram confundidos com chinês antigo no início, não foram identificados até agora.

A única descoberta que se assemelha ao mapa de Dashka é uma pequena tabuleta que está entre as várias descobertas de Chuvyrov, quando buscava uma prova histórica de uma migração de chineses para a área dos Urais.

De acordo com o Centro de Cartografia Histórica de Wisconsin, EUA, a pedra de Dashka (em homenagem a neta do descobridor) só poderia ter sido criada a partir de imagens aéreas. A pesquisa comparativa continua atualmente com a ajuda de imagens de satélite, com conclusão prevista até 2010. Enquanto isso, a pedra de Dashka vai continuar como um surpreendente retrato dimensional de nossa terra, de nada menos que 120 milhões de anos.

Oopart (“Out of Place Artifact”, ou “artefato-fora-do-lugar”)

É uma denominação criada no século passado para dezenas de objetos pré-históricos encontrados em distintas partes do planeta, que, dado seus níveis de tecnologia, estão em completo desacordo com a idade estimada mediante estudos científicos físicos, químicos, ou geológicos. Os oopart se converteram num quebra-cabeça para os cientistas que endossam a teoria da aparição do homem há uns 6 milhões de anos atrás, e é um prazer para investigadores aventureiros e amantes de teorias não convencionais.