Peças de cidade italiana soterrada por vulcão Vesúvio são expostas em mostra inédita na UERJ

27/09/2012 11:02 Atualizado: 06/08/2013 15:25
Objetos como afrescos e esculturas formam o acervo resgatado após erupção vulcânica
Afresco Tondodonna Buono. (Divulgação/Fundação Restoring Anncient Stabiae)

RIO DE JANEIRO, BrasilAfrescos, esculturas e pequenos objetos pertencentes a moradores da cidade italiana de Stabiae estão em exibição no Campus Maracanã da UERJ até o dia 19 de novembro.

Os artefatos podem ser vistos na exposição “Além de Pompeia-Redescobrindo os encantos de Stabiae”, inédita na América Latina. Os 30 objetos do acervo resistiram à destruição provocada pelo vulcão Vesúvio, em 79 d.C e foram descobertos durante escavações no século XVIII.

Afresco Cupido. (Divulgação/Fundação Restoring Anncient Stabiae)

“Esta exibição é uma oportunidade inigualável da população do Rio de Janeiro e do Brasil de conhecer peças originais do sitio arqueológico de Stabiae”, disse a sub-reitora de Extensão e Cultura da UERJ, professora Regina Henriques uma das organizadoras da Exposição, ao Epoch Times. 

Regina explica que o acervo é constituído por afrescos, esculturas e objetos do cotidiano vindos diretamente de Stabiae para o Campus da UERJ no Maracanã. “A organização da exposição foi possível graças à parceria firmada entre a Universidade, o governo da Itália e a Fundação Restoring Anncient Stabiae (RAS)”.

Para o percussionista e poeta, Luiz F. Amorim, visitante da exposição, “o acervo é muito interessante e de valor extraordinário, ainda mais se considerar que é um Patrimônio da Humanidade resgatado de uma erupção vulcânica”.

O Arqueogastronomia, evento paralelo à exposição, prepara alimentos e bebidas aos moldes da antiga Roma, popularmente elaborados nas cidades em torno do Vesúvio, destaca a professora Regina.

Afresco Pássaro. (Divulgação/Fundação Restoring Anncient Stabiae)

Ela complementa que haverá oficina com degustação com o chef Silvio, da Sardenha, naturalizado brasileiro, na Casa Sardo, no bairro carioca de São Cristovão, em novembro. O curso tem capacidade máxima para 50 pessoas por sessão e as inscrições podem ser feitas pelo site do Departamento Cultural da UERJ.

O diretor do Departamento Cultural da UERJ, professor Ricardo G. Lima, relata ao Epoch Times, como ocorreu a chegada da exposição ao Brasil: “A exposição começou a ser costurada no início de 2011 por ocasião do lançamento do momento Brasil-Itália quando se discutia no Brasil iniciativas que pudessem aproximar mais os dois países”, afirma.

“Nesse contexto, o professor italiano Aniel Avella, hoje professor de literatura italiana visitante na UERJ, sugeriu trazermos uma exposição de arqueologia italiana”, afirma o diretor Lima.

Segundo o especialista, o Brasil é o quarto País a receber os afrescos, estátuas e objetos de Stabiae, cidade de veraneio favorita da elite romana na antiguidade clássica. Em meados do ano de 1700, foram realizadas as primeiras escavações na antiga cidade italiana, após ser descoberta por acaso por um pastor ao cavar um poço.

Após tesouros e objetos de valor terem sido retirados ou saqueados, o governo italiano determinou que a cidade fosse soterrada novamente. Somente em 1950 as escavações foram retomadas e os afrescos, utensílios, móveis e objetos preciosos.

A Fundação Restoring Ancient Stabiae (RAS), responsável pelo sítio arqueológico de Stabiae, difunde o conhecimento sobre o rico território da arqueologia romana nesta inédita exposição em território brasileiro.

Serviço
Exposição “Além de Pompeia-Redescobrindo os encantos de Stabiae”
Aberta à visitação até o dia 18 de novembro.
3ª a 6ª, das 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 15 às 18h.
Teatro Odylo Costa, UERJ – Maracanã.
Entrada franca.

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