A enviada-especial do secretário-geral para a região dos Grandes Lagos, Mary Robinson, está na República Democrática do Congo (RDC) iniciando uma viagem regional com emissários da União Africana, União Europeia e Estados Unidos para reforçar os esforços diplomáticos pela paz.
A visita de Robinson acontece num momento delicado no país. Confrontos entre grupos rebeldes – entre eles o M23 – e as Forças Armadas da RDC voltaram a acontecer.
A enviada-especial pediu no domingo (1) que “todas as partes envolvidas parem imediatamente os enfrentamentos militares no leste da República Democrática do Congo e trabalhem para reconstruir a confiança nos esforços de paz”.
“O que a RDC e a região precisam é de paz, estabilidade e desenvolvimento econômico. Isso só pode ser alcançado por meio de um processo político abrangente que aborde as verdadeiras causas desse conflito”, ressaltou Robinson.
A enviada é acompanhada pelo novo representante-especial do secretário-geral para a RDC e chefe da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO), Martin Kobler. Durante a visita de quatro dias – prevista para começar nesta quarta-feira (4) – Robinson e Kobler falarão com funcionários do alto escalão do governo e representantes das autoridades locais, comunidade internacional e sociedade civil na RDC, Uganda e Ruanda.
O objetivo é desencorajar novas hostilidades e estimular esforços políticos para a paz na região. De acordo com o escritório de Robinson, também vão expressar a necessidade de acelerar a implementação do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a República Democrática do Congo e Região – assinado em fevereiro.
No último ano, o conflito deslocou 100 mil pessoas na RDC, ampliando a crise humanitária na região que tem 2,6 milhões de deslocados internos e 6,4 milhões precisando de assistência alimentar e ajuda de emergência.
Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil