Um bebê durante a 34ª à 36ª semana de gestação já se encontra normalmente na posição em que vai nascer. Antes disso, encontra-se basicamente em uma posição atravessada.
Algumas razões médicas reconhecidas que contribuem para que o bebê se encontre de cabeça para cima no momento do parto incluem:
Parto antes do tempo, e se o trabalho de parto começa quando o bebê está ainda muito pequeno para se mover facilmente no útero;
Quando a placenta ocupa algum espaço no topo do útero;
Uma forma invulgar do útero da mãe ou fibras nas partes baixas do útero;
Mais que um feto (como é o caso de gêmeos);
Um útero muito relaxado devido a muitos nascimentos prévios;
Líquido amniótico em excesso ou em deficiência;
Fora estes, existem outros motivos mais sutis ou emocionais em jogo.
Marie-Paul Baxiu é uma hipnoterapeuta clínica, parteira e fundadora do Chilbirth Hypnosis Training. Marie-Paul Baxiu explica a posição longitudinal de um ponto de vista não médico: “Os bebês às vezes escondem-se. Como os pais estão muito fixados em saber qual o sexo da criança que está para nascer, os bebês têm medo de desiludir as expectativas dos pais e por isso escolhem e escondem o seu gênero. Ou pode haver uma discussão parental. O bebê diz, “não estou pronto para sair da maneira como as coisas estão” e existem ainda muitas outras possíveis razões.
Descrevendo como estabelecer a comunicação com um bebê que está para nascer, enquanto encoraja os pais a se comunicar também, Baxiu diz: “Quando a mãe está relaxada (ligada ao seu próprio corpo) as suas ondas cerebrais são muito mais lentas (4 a 7 hertz de ondas cerebrais teta). A maior parte de nós opera em ondas cerebrais beta (o nosso estado cognitivo comum varia de cerca de 13 a 30 hertz).
“A mãe fica com o mesma frequência de onda cerebral do seu bebê enquanto está relaxada, e existe uma maneira de estabelecer verdadeira conexão e comunicação. Bebês estão absolutamente conscientes e são capazes de responder aos pensamentos mais profundos de suas mães”.
Com o pai ela acrescenta; “Funciona de maneira diferente. Eles podem apenas conectar a sua voz uma vez que não partilham o mesmo espaço físico”.
As parteiras são tradicionalmente treinadas umas pelas outras e têm preservado os conhecimentos que ajudam as crianças a nascer no decorrer dos tempos. “São frequentemente as parteiras que proporcionam o treino aos estudantes de ginecologia sobre as formas naturais de parto”, diz Baxiu.
Existem alguns obstetras/ginecologistas que estão à vontade em assistir ao parto em hospital em que o bebê está de cabeça para cima. Pessoas como Ronald Wu, M.D de Glendale, Califórnia. O Dr. Wu tem o conhecimento para assistir tais partos. Já ajudou a nascer bebês e gêmeos nestas circunstâncias em ambiente hospitalar. Infelizmente ele está para se aposentar.
O Dr. Stuart Fisch explicou que o fenômeno de o feto estar virado de cabeça para cima pode tornar as coisas mais difíceis em caso de parto vaginal natural em ambiente hospitalar.
Para os pais que se deparam com o parto normal, quando escolhem uma casa de parto natural com uma parteira, eles não contam com o apoio de equipamento e médicos que em caso de necessidade de último minuto podem realizar um parto por cesariana.
Qual a implicação disto? Significa que, para encorajar pais adeptos do parto natural a ter as crianças nos hospitais, os médicos precisam aprender métodos menos intrusivos, permitindo à mulher dar à luz sem constrangimentos de tempo e sem todas as intervenções que tomam lugar desnecessariamente e que levam à necessidade de cesarianas.
Na próximo artigo: Solução para o dilema de nascimentos em que o feto está de cabeça para cima.