Falha a campanha de telefonemas, cartas e mensagens de texto do regime chinês visando prejudicar a cobertura sem censura do Epoch Times
Uma campanha de telefonemas anônimos realizada em 11 e 12 de setembro visava desacreditar o Epoch Times e repelir seus anunciantes. Esta campanha segue-se a outras anteriores, em que foram usadas cartas e mensagens de texto com os mesmos objetivos.
De acordo com a gerente de vendas do Epoch Times, a Sra. Lu Jie, em 11 e 12 de setembro, os clientes da edição de língua chinesa do Epoch Times receberam ligações anônimas de assédio várias vezes ao dia. Algumas das chamadas ocorreram à meia-noite ou no início da manhã.
Os escritórios do Epoch Times também receberam as mesmas chamadas na noite de 11 de setembro e ligações também foram feitas para os telefones pessoais de funcionários do Epoch Times. Algumas chamadas não atendidas mostraram o número da chamada. Quando telefonado de volta, o outro lado da linha reproduzia a gravação que fora ouvida quando chamadas semelhantes eram atendidas.
A gravação começa dizendo que a chamada é do Epoch Times e agradece os clientes de publicidade do jornal. Em seguida, o tom muda e, segundo Lu Jie, o que se segue é idêntico a uma gravação que foi reproduzida durante meses em Hong Kong pelos alto-falantes da Associação de Cuidados da Juventude (HKYCA).
De acordo com a Next Magazine de Hong Kong, a HKYCA é um grupo de frente do Partido Comunista Chinês (PCC) e compartilha o espaço de escritório e pessoal da Agência 610 em Shenzhen, do outro lado da fronteira na China continental. A Agência 610 é uma organização extralegal do PCC, criada com a finalidade de erradicar a disciplina espiritual e pacífica do Falun Gong.
Desde junho de 2012, a HKYCA tem perseguido os praticantes do Falun Gong nas ruas de Hong Kong, cobrindo os estandes do Falun Gong com faixas gigantes que caluniam a prática, enquanto gritam, xingam e, às vezes, abusam fisicamente dos praticantes. A gravação reproduzida nesta rodada recente de telefonemas e pela HKYCA em seus alto-falantes repete a propaganda usada pelo PCC em suas tentativas de demonizar o Falun Gong.
Antes desta campanha de telefonemas, alguns clientes também receberam cartas e mensagens de texto ameaçadoras com conteúdo semelhante que visa impedir os clientes de anunciarem no Epoch Times. As cartas foram assinadas “Aliança Anticulto de Hong Kong”, mas nenhuma organização está registada com este nome em Hong Kong.
Lu Jie disse que a HKYCA também contratou pessoas para roubar jornais do Epoch Times em estandes. Ela acredita que as chamadas de telefone, mensagens de texto e cartas são simplesmente outra tática do mesmo grupo. “Esta nova campanha só destaca o medo do PCC a respeito da reportagem verdadeira e da exposição de sua malícia”, disse Lu Jie.
Ela disse que o efeito dos telefonemas de assédio foi o oposto do pretendido pelo PCC. “Os leitores, clientes e o público em geral entraram em contato com o Epoch Times e ofereceram apoio”, disse Lu Jie. “Eles elogiam nosso jornal por ter consciência e sinceridade no relato dos fatos.” “Em 12 de setembro, nós informamos estes incidentes à polícia e exigimos uma investigação completa”, disse Lu Jie.
Interferindo na liberdade de mercado
Um dos clientes do Epoch Times, o diretor-executivo da Agência Imobiliária Goldentime, Wong Sau-yim, está muito irritado com as táticas do PCC. Ele disse que primeiro recebeu mensagens de texto, em seguida, cartas e então o assédio de ligações telefônicas. Ele também informou tudo à polícia.
“Em primeiro lugar, eu sou um homem de negócios e um budista”, disse Wong irritado. “O Epoch Times é um jornal legítimo e local e, após anunciar no Epoch Times, eu recebi telefonemas de clientes do continente, alguns dos quais são da elite da sociedade. Eu tenho mais negócio agora e realmente desfruto do benefício [de anunciar no Epoch Times]. Se você me pedir para não anunciar no Epoch Times, isso não seria prejudicar o meu negócio? Não é isso uma interferência violenta num mercado livre?”
Wong destacou que a publicidade é uma decisão de negócios e esse tipo de assédio é uma violação à liberdade individual. Quando Wong relatou estes incidentes à polícia, eles não fizeram qualquer investigação adicional e disseram que o assunto só envolveu uma carta e deveria ser processado como um caso civil. Mas Wong afirmou que este é um caso criminal, porque violou sua liberdade individual e a liberdade das pessoas de Hong Kong. “Isto não é uma questão civil”, disse Wong. “O governo deveria processá-los!” Ele pediu a todos os comerciantes que têm sido assediados que denunciem os casos à polícia.
Preocupação para Hong Kong
Woo Lai-wan, presidente da Associação de Jornalistas de Hong Kong, uma afiliada da Federação Internacional de Jornalistas, expressou grande preocupação.
“Como uma organização jornalista ou de notícias, se alguém falsifica mensagens em nome de alguém ou alguma empresa, independentemente do conteúdo, esta conduta é dolo”, disse Wu Lai-wan. “Se essa mensagem causou incômodo e medo nos destinatários, então eu acredito que isso seja uma intimidação criminal. Por isso pedimos à polícia que investigue o caso imediatamente.”
A liberdade de imprensa está protegida pela Lei Básica de Hong Kong, lembrou Woo Lai-wan. Dirigindo-se aos responsáveis, ela aconselhou: “Não se deixem envolver em tais ações ilegais e perigosas.”
Leung Yiu-chung, um membro do Conselho Legislativo de Hong Kong, denunciou o assédio e a difamação nas mensagens dirigidas ao Epoch Times e pediu à polícia que faça uma investigação completa. Ele também olhou para a liderança de Hong Kong sobre as causas do incidente.
Ele disse que o chefe-executivo Leung Chun-ying (que não tem parentesco com Leung Yiu-chung) vem tentando governar Hong Kong como o PCC, criando todos os tipos de conflitos e provocando o ressentimento público. “Eu espero que tal coisa não ocorra novamente, porque Hong Kong se tornou pior”, disse Leung Yiu-chung. “Essas coisas deixam as pessoas nervosas e prejudicam sua vida normal, o que é lamentável e indesejado.”
Leung Yiu-chung interpreta os telefonemas e outras mensagens que visam o Epoch Times como desafios fundamentais para todos em Hong Kong. “Temos de respeitar a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa”, disse Leung Yiu-chung. “Esse é o valor central de Hong Kong. Além disso, vozes e pontos de vista diferentes são o que as pessoas querem ouvir. Se perdermos isso, Hong Kong terá apenas uma voz e uma visão autocrática.”