Enquanto o líder chinês Xi Jinping faz discursos internos no Partido Comunista Chinês (PCC) sobre a necessidade de identificar e reprimir a corrupção e instituir novas regras, como uma moratória de cinco anos na construção de novos edifícios oficiais, ele sinalizou claramente que outro lado das políticas do PCC não mudará: a violência policial contra ativistas.
Apelando por um governo democrático que promova “liberdade, justiça e amor”, o Movimento do Novo Cidadão (MNC) se baseia na Declaração de Independência dos EUA em sua convicção de que o dever do governo é proteger os direitos humanos e servir os interesses do povo.
“A China precisa de um movimento para se salvar de seus problemas sociais: a corrupção, o abuso de poder e a disparidade de riqueza, apenas para citar alguns”, escreveu Xu Zhiyong, um conhecido ativista dos direitos humanos e cofundador do MNC, numa mensagem de blogue em maio.
Até 26 de julho, o regime chinês reagiu com a prisão de pelo menos 15 ativistas e colocou Xu Zhiyong em prisão domiciliar em abril e o prendeu em 16 de julho. Ele foi acusado de “reunir uma multidão para perturbar a ordem num local público” e encontrar-se num quarto com onze suspeitos de roubo.
“Prender Xu é uma clara violação da liberdade de expressão”, disse Hu Jia, um ativista dos direitos humanos de Pequim, numa entrevista ao Epoch Times.
“As autoridades acreditam que o MNC terá grande impacto na sociedade, então, eles estão assediando e aterrorizando os participantes na tentativa de obstruir o movimento”, disse Hu. “Todos deveriam se manifestar em apoio a estes ativistas, porque proteger os direitos deles é proteger os próprios direitos.”
Destacados estudiosos, advogados, economistas e empresários chineses começaram uma carta aberta pedindo a soltura de Xu e de outros participantes do MNC e reuniram 446 assinaturas até 23 de julho.
O MNC depara-se com uma divisão de opiniões entre ativistas sobre o PCC e como melhor lidar com este, que inclui uma visão de que o regime ainda seria capaz de corrigir muitos problemas. No outro extremo, manifestantes como o artista Ai Weiwei se desiludiram completamente com o PCC. Ai satirizou alguns dos ativistas mais otimistas em sua canção “Idiota”, lançada em maio com um vídeo musical figurando Ai na cadeia sendo monitorado pela polícia mesmo quando no vaso sanitário.
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