O julgamento do maior caso de tráfico de órgãos na China foi cancelado recentemente no mesmo dia em que foi anunciado que Bo Xilai, um oficial desgraçado, seria destituído de seu cargo na legislatura do Partido Comunista Chinês (PCC), o Congresso Nacional Popular.
O Legal Evening News informou que os 15 acusados suspeitos de envolvimento na venda organizada de órgãos humanos foram denunciados no Tribunal de Haidian para julgamento.
Às 9h30 de 26 de outubro, familiares dos réus e seu advogado chegaram para a audiência de 10h.
Às 10h50, o advogado dos réus foi informado que o julgamento foi cancelado porque um dos réus estava doente e necessitava de tratamento.
A revista chinesa Caijing publicou um artigo em 10 de setembro com o título “Por trás do tráfico ilegal de rins: Órgãos colhidos pelo Hospital Sanjia”. Era revelado que Zheng Wei foi o negociante dos rins e mandante do crime.
O caso envolveu a remoção ilegal de 51 rins, que foram vendidos e transplantados para pacientes, gerando um lucro de 10,3 milhões de yuanes (1,6 milhão de dólares). Os 15 réus, variando entre 20 a 56 anos, incluem traficantes de órgãos, médicos e o vice-presidente do 2º Hospital Popular de Tongshan, na cidade de Xuzhou, província de Jiangsu.
Zheng Wei teria alugado uma casa, anexado instalações médicas e supervisionado a remoção de até seis rins por dia. A mídia chinesa disse que os oficiais e os criminosos conspiraram para criar a rede de tráfico de rins.
Artigos da mídia chinesa indicaram que Zheng Wei colheu os órgãos de prisioneiros no corredor da morte que não tinha dado permissão para a retirada de seus órgãos.
Usando documentos falsos de permissão, os órgãos dos prisioneiros foram ilegalmente colhidos na instalação improvisada e posteriormente aceitos por médicos do Hospital Sanjia, que os transplantaram para pacientes.
O fato de que o julgamento foi cancelado com pouca explicação no mesmo dia em que o anúncio sobre Bo Xilai foi feito, levou alguns analistas a suspeitarem que a decisão de cancelar o julgamento estivesse associada ao caso de Bo Xilai.
Quando Wang Lijun, um ex-associado de Bo Xilai, fugiu para o consulado dos EUA em fevereiro, a atrocidade da colheita forçada de órgãos na China assumiu maior visibilidade. Fontes disseram ao Epoch Times que Wang Lijun forneceu ao governo dos EUA documentação sobre a perseguição ao Falun Gong e sobre o envolvimento do PCC na colheita forçada de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong.
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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.
