Outros ativistas em perigo de perseguição por investigarem sua morte
Desde a morte misteriosa do ativista chinês da democracia Li Wangyang na quarta-feira, a irmã e o cunhado de Li têm sido submetidos à vigilância policial, enquanto ativistas da democracia que visitaram a família de Li estão em risco de perseguição severa.
Durante o movimento democrático de 1989, Li, um dissidente e ativista, foi preso depois que tentou criar um sindicato independente em Shaoyang, sua cidade natal na província de Hunan. Em 6 de junho, ele foi encontrado morto no hospital onde estava sendo tratado por diabetes e doenças cardíacas. Embora parecesse que ele cometido suicídio, amigos e parentes suspeitam das circunstâncias estranhas de sua morte.
Zhou Zhirong, um ativista da democracia de Hunan, disse ao Epoch Times que falou com Li Wangling, a irmã Li, na manhã do dia 7 de junho. Li Wangling disse a Zhou que seus amigos e colegas ativistas foram visitar seu marido e ela no hotel onde se hospedavam quando a polícia local os forçou a sair. Li Wangling e seu marido foram impedidos de sair do hotel e foram mantidos sob vigilância da polícia.
A polícia rejeitou os repetidos pedidos de Li Wangling para ver o corpo de Li Wangyang. Ela pediu a Zhou para dizer à comunidade internacional que a polícia está impedindo-a de ver o corpo de seu irmão, com a esperança de que o apoio internacional pressionará as autoridades chinesas a libertarem-na. O ‘Comitê para investigar a verdade sobre o suicídio de Li Wangyang’, fundado por Zhou na quarta-feira, atraiu a participação de mais de 30 pessoas até agora.
De acordo com Li Wangling, a polícia de Shaoyang já recebeu ordens de seus superiores para perseguir severamente os ativistas da democracia de Hunan e os peticionários que apelam ao governo local.
Bei Feng, um jornalista de Hong Kong; Xia Yeliang, um economista de Pequim; e Wu Renhua, um acadêmico baseado nos EUA, iniciaram um apelo urgente pedindo uma investigação completa sobre a causa da morte de Li. O apelo, que está disponível online para o público assinar, pede que “uma instituição científica forense autorizada e localizada fora do município de Shaoyang” investigue a morte de Li Wangyang e torne público os resultados, e exorta as Nações Unidas e a comunidade internacional para “pressionarem o governo chinês para garantir que a morte do Sr. Li seja tratada de forma justa, criteriosa e transparente”.
Internautas chineses também expressaram sua raiva e choque com a morte de Li. O usuário ‘yancaiwm’ do Twitter disse, “O brigada nacional de Shaoyang está exercendo enorme pressão sobre a irmã de Li Wangyang e seu cunhado. O website em homenagem e luto por Li Wangyang foi excluído […] como um país pode ser governado por pessoas que cometeram tais pecados terríveis?”
Outro usuário ‘Sfchoi8964’ do Twitter disse, “Estamos fazendo vigília noturna em frente ao escritório representativo da República Popular da China para lembrar Li Wangyang. [Devemos] investigar a causa de sua morte e trazer o assassino à justiça. Espero que seu nome um dia seja limpo. Que você descanse em paz.”
Ainda outro usuário ‘hardysxtreme’ do Twitter, o criador de um blogue que fala contra o governo de partido único em Hong Kong, afirma ter encontrado a pessoa responsável pela morte de Li. Ele postou a seguinte mensagem, observando que está passando a informação de uma fonte confirmada, “(Confirmado) Procurado por homicídio em primeiro grau: Chefe de polícia da Secretaria de Segurança Pública da cidade de Shaoyang, Li Xiaokui, suspeito pela morte do herói de ‘4 de junho’ Li Wangyang”, juntamente com suas informações de contato.
Internautas chineses suspeitam que Li Xiaokui foi a pessoa encarregada de monitorar Li Wangyang no hospital e remover seu corpo.
Com reportagem de Gu Qing’er e Tian Ariel.