O Papa Francisco poderá revelar o papel desempenhado pelo “Papa de Hitler” durante os regimes da 2ª Guerra Mundial, incluindo a Alemanha nazista e a Itália fascista, foi anunciado.
Um amigo próximo de Francisco, o rabino Abraham Skorka, que conhece o pontífice há 20 anos, disse à mídia Daily Telegraph que abordou e discutiu a questão sobre o Papa Pio XII, chamado às vezes de “Papa de Hitler”.
“É uma questão extremamente sensível, mas ele diz que isso deve ser investigado minuciosamente”, disse o jornal. “Não tenho dúvida de que ele se mobilizará para abrir os arquivos.”
Ele foi citado dizendo que Francisco provavelmente abrirá os arquivos de Pio XII, ou seja, sobre se este cooperou com o líder nazista Adolf Hitler e outros. Críticos acusaram Pio XII de permanecer em silêncio durante o Holocausto e diante de outras atrocidades.
Mas houve relatos de que Pio XII teria ajudado a fuga de cerca de 200 mil judeus da Alemanha na década de 1930.
Quando ele era cardeal na Argentina, o Papa Francisco solicitou a abertura dos arquivos do Vaticano, dizendo que seria necessário investigar Pio XII, segundo o Jewish Week no mês passado.
Skorka disse que, quando ele e Francisco escreviam um livro juntos, “Eu expliquei que não conseguia entender como uma pessoa – um líder espiritual – não se envolveu mais e mais durante a Shoah [o Holocausto]. Sua resposta [de Francisco] foi: ‘Continuemos em busca de alcançar a verdade.’”
“Acredito que sim, que sua atitude será pesquisar todos os detalhes e abrir os arquivos. Ele aproveitará a oportunidade para aprender a verdade”, disse Skorka à publicação.
Pio XII se tornou papa em 1939 e manteve-se como pontífice até sua morte em 1958.
Skorka coautorou um livro com o Papa Francisco em 2010, intitulado “No Céu e na Terra” (“On Heaven and Earth”).
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