Pais devem controlar tempo gasto pelos filhos com aparelhos eletrônicos

04/01/2016 04:12 Atualizado: 04/01/2016 04:12

Em que proporção seus filhos estão condicionados por seus dispositivos digitais? Quanto tempo passam olhando para a tela da televisão, computador, celular, tablet etc?

Durante anos, especialistas têm alertado os pais sobre o quanto é perigoso o tempo que seus filhos passam “olhando para as telas”. Mais recentemente, as atenções voltaram-se para a quantidade de tempo que as crianças passam assistindo televisão em dispositivos digitais de qualquer tipo.

Dos muitos riscos potenciais causados pelo tempo excessivo passado diante das telas, estudos têm apontado para: obesidade, distúrbios alimentares, distúrbios do sono, distúrbios de atenção, mau desempenho na escola, falta de compreensão, habilidades sociais pobres, depressão, compulsão por comida… e a lista continua.

Apesar das advertências, a maioria dos estudos mostram que as crianças gastam uma média de 7 horas por dia com dispositivos eletrônicos. Sim, 7 – por dia. Alguns estudos mostram mais.

A Academia Americana de Pediatria (AAP) estabeleceu recomendações oficiais para os pais, a fim de administrar o tempo gasto com dispositivos eletrônicos para seus filhos: não mais do que uma ou duas horas por dia para crianças e adolescentes; e tempo zero para crianças menores de dois anos de idade.

As recomendações da AAP vão muito além disso, com mais ideias para orientar os pais no sentido de obter uma relação mais saudável com a tecnologia. Elas incluem a escolha de “conteúdo de alta qualidade” para garantir-lhes mais tempo para brincar ao ar livre.

Há pessoas que não acreditam que qualquer exposição aos meios de comunicação seja necessária ou apropriada para crianças. As escolas Waldorf, por exemplo, recomendam eliminar o tempo de televisão e de computador dos seus alunos. Você acha a ideia exagerada? Este vídeo de uma escola Waldorf de Marin, em San Rafael, Califórnia, oferece algumas reflexões sérias e vale a pena ser visto. “Você está realmente entrando em águas perigosas quando começa a falar sobre os dispositivos tecnológicos das pessoas”, disse Kim John Payne, M. ED  (Mestre em Educação).

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Se você está preocupado com o papel que estes dispositivos estão desempenhando na infância de seus filhos, mas ainda não está pronto para pular do barco, aqui estão algumas dicas simples:

Controle seu próprio comportamento

Quantas vezes você olha para o seu telefone diariamente? Você está prestando atenção demais aos seus aparelhos eletrônicos quando deveria prestar mais atenção à sua família? O exemplo dado às crianças é importante e eles recebem a mensagem de que estão em segundo lugar dentro das prioridades dos pais quando eles não mantêm seu próprio comportamento sob controle. Reserve um tempo determinado para si mesmo para utilizar seus aparelhos.

Sugira novas ideias

Existem outras coisas para se fazer além de assistir televisão e usar seu computador/telefone/tablet/ou qualquer coisa nova que tenha sido criada desde que isto foi escrito. Saia para passear. Brinque com alguma coisa. Inicie um grande projeto. Inicie um pequeno projeto. Cozinhe junto com seus filhos. Conheça sua comunidade. Seja turista em sua própria cidade. Faça algo de bom para alguém. Dê uma festa. Invente seu próprio feriado. Desfrute de atividades sazonais. Conversem uns com os outros.

Não perca a noção do tempo

Quando você permitir que seus filhos utilizem seus dispositivos, assegure-se de saber exatamente o que eles estão vendo e limite o tempo passado online. É muito fácil perder a noção do tempo com esta tecnologia que promove a experiência viciante para esses dispositivos. Estabeleça limites.

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Oriente seus filhos

Explique a seus filhos suas preocupações quanto ao uso excessivo da tecnologia. Mostre-lhes as pesquisas. Assim como suas características viciantes e aspectos negativos são familiares para você, como usuários de tecnologia, para eles também serão familiares quando tiverem mais idade.

Defina os aparelhos eletrônicos como ferramentas, não como brinquedos

Quando seus filhos ficam agitados no restaurante, então você lhes dá seus iPads. Enquanto dirige o carro, eles assistem a um filme no aparelho DVD. Se você precisa de sossego para preparar o jantar, então você os manda assistir televisão.

Se algo disto lhe soa familiar, você está usando os aparelhos eletrônicos como brinquedos e transmitindo a mensagem para seus filhos de que esses aparelhos existem para isso. Mas as crianças não precisam realmente disso para se manterem entretidas em todos os momentos. Sim, elas também sabem brincar e encontrar atividades divertidas que não precisam estar conectadas.

Para orientar o pensamento de sua família, comece a definir estes dispositivos como ferramentas, não apenas como meios para entretenimento. Uma criança que está escrevendo uma história em seu computador, ou fazendo um desenho em seu iPad, está interagindo com o dispositivo de uma forma muito mais produtiva e ativa. A televisão pode ser um ótimo veículo para aprender coisas, para acessar conferências ou documentários no Youtube e assim por diante.

Ao mudar sua forma de pensar e a de sua família, seus filhos vão encarar os aparelhos eletrônicos como ferramentas de aprendizagem e de criatividade. Eles se tornarão criadores em vez de consumidores, desenvolvendo habilidades úteis para o futuro.

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