Agricultor tibetano se põe em chamas
Outro tibetano colocou fogo em si mesmo na terça-feira, elevando o total para 98, um sinal de que os inflamados protestos contra o governo do Partido Comunista Chinês não acabará tão cedo.
O homem foi identificado como Kunchok Kyab, de 26 anos e pai de dois filhos, do Oeste da província de Gansu, disseram algumas fontes à Rádio Free Asia (RFA). Esta é a terceira autoimolação este ano.
“Eu vi o corpo de Kunchok Kyab sendo levado pela polícia chinesa”, disse um tibetano que vive próximo do monastério Bora, perto do local onde ele se pôs em chamas, à emissora.
A família ameaçou realizar um “protesto em frente à delegacia de polícia local”, se a polícia não devolvesse o corpo, disse a fonte tibetana. Ele não foi nomeado provavelmente devido a razões de segurança. Kyab se sacrificou em protesto contra o opressivo domínio chinês, disse uma fonte no exílio na Índia à RFA.
Havia poucos detalhes disponíveis sobre o incidente. As autoridades chinesas frequentemente tentam impedir a disseminação de informações sobre autoimolações tibetanas e protestos.
O governo tibetano no exílio, a Administração Central Tibetana, lamentou a onda de autoimolações, exortando àqueles que vivem na China a se absterem de se queimarem. Mas a organização tem mantido que as políticas do Partido Comunista que atacam a língua, a religião e a cultura tibetanas são a força motriz por trás desses protestos.
A última imolação ocorreu poucos dias após o Centro Tibetano para os Direitos Humanos e a Democracia, baseado em Dharamshala, publicar um relatório dizendo que a situação dos direitos humanos no Tibete “atingiu um novo patamar” no ano passado, destacando o aumento dramático nos protestos e nas autoimolações. Oitenta e dois tibetanos se imolaram no ano passado, segundo o Phayul, uma publicação pró-Tibete.
“Aqueles que compartilharam informações sobre abusos dos direitos humanos no Tibete com o estrangeiro foram acusados de violar a Lei de Segredo de Estado e presos após julgamentos duvidosos”, disse o website.
Pelo menos 269 tibetanos conhecidos foram detidos e presos em 2012, colocando o número total de prisioneiros políticos tibetanos em seu banco de dados em 988.
“Um número enorme foi detido, desapareceu e foi condenado sob acusações obscuras de ‘vazar segredos de Estado’ e ‘pôr em risco a segurança do Estado”, informou o Phayul.
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