A oposição da Síria disse na segunda-feira que rejeitou um plano de paz oferecido pelo presidente Bashar al-Assad, descrevendo-o como “retórica vazia”.
Os governos ocidentais também rejeitaram o plano de Assad, que foi apresentado num discurso transmitido pela televisão no domingo – pela primeira vez em meses, o líder em apuros falou. Em seu discurso, Assad acusou o Ocidente de financiar rebeldes na Síria.
“Ele mostrou que é um ditador com quem não podemos negociar. Acho que ele não tem vontade de deixar o poder. Ele quer esmagar a oposição e espera que possa continuar pelos próximos 40 anos, como seu pai fez”, disse Louay Safi, um membro da oposição do Conselho Nacional Sírio, à Al Jazeera na segunda-feira.
Safi observou que Assad “não ofereceu renunciar”, que segundo Safi isto seria o início de qualquer negociação pelo futuro do país. A oposição da Síria e governos ocidentais têm repetidamente exortado a Assad que se afaste do poder.
Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, derrubou as declarações de Assad, que ele fez na Ópera de Damasco diante de uma multidão de apoiadores.
“Sua iniciativa está longe da realidade, prejudica os esforços do representante da junta especial Lakhdar Brahimi e apenar permitiria que o regime perpetuasse sua repressão sangrenta ao povo sírio”, disse Nuland no domingo, segundo um comunicado.
No geral, o discurso de Assad mostra que ele permanecerá desafiador diante da pressão interna e internacional, pelo menos por agora. O discurso traçou um plano para lidar com o conflito que dura 21 meses e já deixou cerca de 60 mil mortos.
“Eu reafirmo a todos que quando se trata de combater o terrorismo, não pararemos enquanto houver um único terrorista na Síria. O que começamos, nós não pararemos”, disse Assad, segundo uma transcrição fornecida pela mídia estatal síria SANA. Ele disse, “Quanto mais progressos fizermos no combate ao terrorismo, maior a chance desta visão ter sucesso.”
Assad também disse que a maioria dos rebeldes que lutam contra ele são combatentes estrangeiros e os sírios que tomaram armas contra ele são “um bando de assassinos”, informou a AFP.
“A única coisa certa é que aqueles que enfrentamos hoje são os que carregam a ideologia da Al-Qaeda”, disse ele.
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