Constata-se facilmente que a esquerda, pela primeira vez em vários anos, decresce em número de adesões, e já não desperta tanto interesse nas redes sociais. A menos que alguma ação autoritária seja colocada em prática, há pouquíssima possibilidade de que essa tendência venha a ser revertida, tanto na rede quanto no mundo físico.
Nos últimos anos a polarização da sociedade brasileira cresceu bastante, fruto da estratégia da esquerda de segmentar o país, forçando a criação de grupos distintos dentro do próprio corpo social brasileiro. Contudo, a tática fugiu ao controle, e acabou por colocar a própria esquerda em risco. As variadas vertentes da sociedade esclarecida, que chamamos no Brasil de direita, que até ha pouquíssimo tempo se mantinham discretas, resolveram reagir, e acabaram por se unir em um único projeto de restauração do país, que tem como um dos seus pilares principais, retirar o Partido dos Trabalhadores e seus “satélites” do comando do Brasil.
Leia também:
• Danilo Gentili explana sua visão política
• “Artistas de peso irão pra rua em janeiro”, diz Lobão
• CUT e MTST realizam ‘Ato Contra a Direita’ em São Paulo
As redes sociais definitivamente são o termômetro do que ocorre no mundo físico, principalmente no que diz respeito à política. Sabe-se que poucas pessoas “descurtem” alguém no Facebook ou deixam de seguir no Twitter. Portanto, quando determinado perfil para de crescer, isso significa na prática que ele está decrescendo, que não há mais interesse dos seguidores em compartilhar as informações relacionadas ao mesmo, o que acabaria por agregar seguidores ao perfil. O mesmo pode ser observado em se tratando de menções no Twitter. Mensurar a quantidade de menções nos fornece dados exatos sobre as pessoas e assuntos considerados mais interessantes e influentes na grande rede e, consequentemente no dia-a-dia da sociedade.
Um dos principais motivos da grande rede ter entrado de vez na rotina dos brasileiros foi o fato da mesma proporcionar uma relação com os geradores de informação totalmente diversa do que era costume no Brasil. Na internet as pessoas deixaram de ser meros receptores das informações para se transformar em multiplicadores, com o diferencial de, a cada compartilhamento, ter a oportunidade de agregar mais informações e seu voto de aprovação ao dado retransmitido e à origem do mesmo. A Revista Sociedade Militar há alguns anos tem acompanhado a mobilização, que tem se iniciado nas redes e que, após pouco tempo, gera uma reviravolta nas ruas e no quotidiano do brasileiros.
Veja alguns dados interessantes logo abaixo.
Quem diria, Olavo de Carvalho, um teórico tremendamente crítico e erudito termina o ano de 2014 como um dos tops do Twitter. Segundo pesquisa divulgada pelo site Revista Sociedade Militar, o número de menções sobre Olavo de Carvalho está bem acima de populares “formadores de opinião” como Miriam Leitão, Luiz Nassif e Jean Willys. Isso significa que a internet agora é habitada por uma parcela da sociedade ávida por discutir, conhecer a fundo e redistribuir informações consistentes, fornecidas por pessoas com coragem suficiente para enfrentar a barreira do politicamente correto. E isso não parece ser somente uma busca por conhecimento e replicação, sem um propósito. Na verdade tudo indica que esse grande grupo se abastece de informações para cada vez mais sair em campo com base filosófica, conquistando o espaço perdido ao longo das últimas décadas.
É o mesmo grupo que quase fez com que Dilma perdesse as eleições esse ano.
Dezembro é um mês tradicionalmente fraco em relação à discussão política, mas mesmo assim a distribuição de informações por meio das redes pouco se modificou em relação ao mês anterior. Veja abaixo dados sobre a influência que algumas pessoas tiveram nas redes sociais no final de 2014.
Esses dados seriam suficientes para mostrar que algo de muito importante está acontecendo. Veja o quadro abaixo. Olavo de Carvalho em Laranja.
Miriam Leitão tem 830 mil seguidores, mas nem por isso bate o campeão das redes Olavo de Carvalho. Pela lógica das redes o gayzista Jean Willys (abaixo) deveria ser muito mais citado. Afinal, é um deputado reeleito, tem toda uma estrutura de suporte, além de mais de 270 mil seguidores, contra apenas 45 mil de Olavo de Carvalho.
Abaixo vemos Olavo de Carvalho comparado com Maria do Rosário e Jean Willys. Observem que Rosário só se destacou nas redes no dia em que foi citada por Bolsonaro, mesmo assim as menções foram em grande parte negativas e termina o mês bem abaixo do filósofo em relação a influência nas redes sociais. Olavo de Carvalho chegou a ter suas twittadas redistribuídas na rede cerca de 2,1 mil vezes por dia. Jean Willys, mesmo com suas acaloradas discussões na mídia, não chegou nem um dia a mil twittadas.
O que se pode constatar é que a discussão política nas redes tem aumentado sensivelmente, e na medida em que a sociedade se politiza, a simpatia pela esquerda tem decrescido.
Os perfis mais “importantes” da esquerda notadamente tem decrescido em interesse, enquanto ocorre o contrário com personalidades que têm se destacado na oposição contra o Partido dos Trabalhadores. Citamos aqui, como exemplo, Lobão, o próprio Olavo de carvalho e Danilo Gentilli.
Dados coletados em novembro
Observe abaixo a quantidade de respostas na análise de menções feitas por usuários do Twitter à Gentili (em laranja), Rafinha Bastos (azul) e CQC (verde) no Twitter (pesquisa de 11/2014). Enquanto Gentilli se mantém acima das 130 mil menções, CQC e Rafinha não chegam a 20 mil.
Observem também que o cantor Lobão (em azul), que não tem nenhum programa de televisão, se mantém bem acima de CQC e Jô Soares.
Observamos também que o filósofo e escritor Olavo de Carvalho (em laranja) já ultrapassa Rafinha Bastos e Jô Soares em menções na rede social Twitter. Lembramos que Rafinha e Jô tem o suporte das maiores redes de TV do país. Mais uma evidência de que há mudanças importantes no perfil intelectual da sociedade brasileira.
Constata-se facilmente que a esquerda, pela primeira vez em vários anos, decresce em número de adesões, e já não desperta tanto interesse nas redes sociais. A menos que alguma ação autoritária seja colocada em prática, ha pouquíssima possibilidade de que essa tendência venha a ser revertida, tanto na rede quanto no mundo físico.