Funcionários preparam-se para a greve que ocorre nesta segunda-feira (23/04) nos canteiros da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, uma das mais importantes obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O vice-diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Estado do Pará (Sintrapav), Roginel Gobbo disse que trabalhos essenciais ainda estão funcionando, como transporte, lazer e corpo de bombeiros, o que soma cerca “de 10% dos funcionários” nos canteiros de obras de Belo Monte. O restante dos trabalhadores, 7.000, ficarão parados.
O tempo de afastamento dos funcionários é um dos motivos da greve. Atualmente, os funcionários ficam dois dias trabalhando, levam dois dias para voltar para suas casas e ficam 5 dias afastados da empresa. A proposta oferecida pela empresa Norte Energia seria de 15 dias de afastamento, isto é, 10 dias a mais para o funcionário ficar em casa. Entretanto, a proposta da empresa seria adiantar esses 10 dias das férias, mas os funcionários não concordaram, explicou Gobbo.
Em relação ao vale-refeição, os funcionários propuseram R$ 300,00, mas a Norte Energia decidiu aumentar o vale de R$ 95,00 para R$ 110,00, afirmou Gobbo.
A obra da Belo Monte localizada no Rio Xingu, na região de Altamira, Estado do Pará, terá capacidade instalada de gerar 11.233,1 MW, com média de 4.571 MW. A previsão de início das operações da Usina Hidrelétrica é em 2015, segundo Norte Energia.