Na semana passada, o regime chinês fez larga propaganda por ter enviado uma fragata de sua marinha ao Iêmen para retirar 225 cidadãos de 10 países. Foi a primeira vez que o regime chinês enviou um navio de guerra para resgatar cidadãos não-chineses em um país estrangeiro.
No entanto, ao que parece, o regime chinês tinha outros objetivos com essa operação. A retirada de pessoas encobriu um objetivo maior. Navios de guerra enviados nessa missão permanecerão no Norte da África.
O embaixador da China para o Paquistão, Sun Weidong, revelou os planos da China ao principal veículo de notícias paquistanês, The News, durante um jantar do festival de primavera, em 5 de abril. Weidong disse que navios de guerra da Marinha do Exército de Libertação do Povo permanecerão no Golfo de Aden, onde, de acordo com o The News, eles vão “manter piratas fora de um dos mais importantes cursos de água do mundo”.
O Golfo de Aden é o principal estreitamento naval na região do Corno de África (península da Somália). Esse canal, que separa a Somália e o Iêmen, liga o Mar Vermelho ao Oceano Índico e está perto de um posto militar chave dos EUA no Djibouti.
Vários países foram retirar seus cidadãos do Iêmen, onde um conflito militar eclodiu recentemente devido à campanha militar liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes Houthi, apelidada de Operação Tempestade Decisiva.
O regime chinês enviou sua fragata tipo 054A Linyi em 2 de abril para ajudar a resgatar cidadãos estrangeiros e, na sequência, retirou 449 de seus próprios cidadãos, que foram levados para Djibouti.
Enquanto o regime chinês realizava a evacuação de pessoas, enviou um esquadrão naval adicional para o Golfo de Aden para “patrulhamento anti-pirataria”, de acordo com a Associated Press. O esquadrão é composto de três navios de guerra, 800 marinheiros e uma equipe de forças especiais.
A notícia de que o regime chinês irá manter navios de guerra estacionados no Golfo de Aden vem na esteira de uma outra notícia relacionada, que noticiou que o regime chinês possivelmente construirá e manterá uma base naval Baia Walvis, na Namíbia, no Atlântico Sul.
Esse posto naval avançado pode ser parte de uma estratégia maior do regime chinês. De acordo com The Namibian (jornal da Namíbia), o jornal estatal chinês Líder Mensageiro Internacional noticiou, em novembro 2014, que o regime chinês quer construir 18 bases navais em locais estratégicos ao redor do mundo, inclusive na Namíbia, Coreia do Norte, e Tailândia.