O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fez uma reunião de emergência na noite de ontem (13), em Nova Yorque, para analisar a situação no Leste da Ucrânia. Mais cedo, o porta-voz da diplomacia russa, Alexandre Lukachevich, havia divulgado a informação de que a Rússia queria uma reunião urgente do conselho sobre a crise no Leste ucraniano.
“A parte russa vai levar a situação de crise com urgência, ao Conselho de Segurança da ONU e junto da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa”, declarou Alexandre Lukachevich.
O presidente ucraniano interino, Olexandre Turchinov, acusou hoje a Rússia de “conduzir uma guerra contra a Ucrânia”, dirigindo-se à nação um dia após ataques de grupos armados pró-russos no Leste do país. “O sangue foi derramado na guerra que a Rússia trava contra a Ucrânia”, disse, adiantando ter lançado “uma grande operação antiterrorista” para acabar com os confrontos. “O agressor não para e continua a organizar tumultos no leste do país”, acrescentou.
Turchinov insistiu que Kiev não deixará “a Rússia repetir o cenário da Crimeia nas regiões do leste”, numa referência à anexação da península ucraniana no Mar Negro à Rússia.
“Todos os que apoiam os agressores e os ocupantes, que conduzem a luta armada contra a nossa pátria, não escaparão à punição e à sua responsabilidade”, disse. O presidente reiterou, no entanto, a sua oferta de uma anistia para os participantes nos ataques que deponham as armas “antes da manhã de segunda-feira (14)”.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no Portal EBC