O Grupo Odebrecht está reformando o Porto de Mariel, em Cuba, desde 2009, após acordo entre os governos brasileiro e cubano. Para a obra, a ilha socialista já recebeu do Brasil, via BNDES, aproximadamente R$ 2 bilhões. A primeira fase da empreitada foi concluída em 28 de janeiro de 2014. Mas, o porto já funciona há mais tempo…
Um relatório de peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas publicado em 6 de março deste ano confirma que o recém-reinaugurado porto cubano foi usado para contrabandear 200 toneladas de armas para a Coreia do Norte, violando sanções internacionais. De acordo com o documento, em 16 de julho de 2013, o navio norte-coreano Chong Chon Gang foi interceptado no Panamá.
Durante a inspeção foram encontradas, escondidas sob sacos de açúcar, armas, munições e partes de armamento pesado desmontados, como mísseis e aviões militares. O relatório anexa imagens que comprovam a ocorrência. Obviamente, a carga bélica não estava declarada.
Ainda segundo o relatório, a embarcação partiu da Coreia do Norte em abril de 2013, foi reabastecido na Rússia e seguiu para Cuba (Havana) pelo Canal do Panamá. Não há evidências de que o navio tenha feito escala em nenhum outro país entre a ida e a volta pelo canal, o que atesta a ilha comunista como procedência do armamento descoberto.
O governo federal vem estreitando cada vez mais sua relação com Cuba, concedendo sucessivos empréstimos ao país também em diversos setores como agrícola, turístico e de fabricação de medicamentos. Violando a Lei da Transparência, e o Congresso Nacional, o governo brasileiro classificou como ‘secreto’ o contrato com os detalhes do financiamento do Porto de Mariel.