Lembrando a importância de uma proibição global sobre os testes nucleares, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a todos os Estados que ainda não assinaram e ratificaram o Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBT) para fazê-lo, a fim de atingir a meta de um mundo mais seguro e protegido.
Com o objetivo de estabelecer uma proibição global verificável e permanente sobre todos os tipos de testes nucleares explosivos, o CTBT conta com o apoio quase universal, mas ainda não entrou em vigor. O secretário-geral da ONU é o depositário do tratado que, até o momento, foi assinado por 183 Estados e ratificado por 159.
“Os oito Estados restantes cuja ratificação é necessária para que o tratado entre em vigor têm uma responsabilidade especial, ninguém deveria esperar pelos outros para agir primeiro. Enquanto isso, todos os Estados devem manter ou implementar uma moratória sobre explosões nucleares”, disse Ban em sua mensagem para o o Dia Internacional contra Testes Nucleares, lembrado nesta quinta-feira (29).
Ban também observou que “apesar de 20 anos terem se passado desde que a Conferência sobre o Desarmamento iniciou as negociações pelo CTBT, este tratado ainda não entrou em vigor”.
O secretário-geral da ONU afirmou que “não há motivos justificáveis para demora” que impede a entrada em vigor do CTBT. O secretário-geral acrescentou que “é tempo de evitar mais dos terríveis efeitos humanos e ambientais causados por testes nucleares através de uma proibição global, o meio mais confiável possível para atender este desafio”.
A Assembleia Geral da ONU escolheu 29 de agosto como data de comemoração anual, uma vez que nesta data em 1991 o Semipalatinsk, um dos maiores locais de testes nucleares em todo o mundo, localizado no nordeste do Cazaquistão, foi fechado permanentemente.
Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil