As missões políticas da ONU estão comprovadamente fazendo a diferença ao aliviarem tensões e desenvolverem a paz sustentável em ambientes voláteis, diz um novo relatório do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, publicado nesta quarta-feira (18).
O documento é o primeiro relatório temático do secretário-geral da ONU sobre as missões políticas para os países-membros, traçando a história e evolução das missões e pedindo o apoio da comunidade internacional para garantir sua eficácia.
As Nações Unidas possuem atualmente 37 missões políticas especiais, que vão desde escritórios na África, no Oriente Médio e na Ásia Central, até o envio de representantes para mediar acordos políticos e grupos de especialistas focados no monitoramento das sanções do Conselho de Segurança da organização.
Ao longo do tempo, as principais funções das missões se expandiram para além de monitorar e relatar o que acontece no país. Agora, elas também realizam operações multidimensionais combinando tarefas políticas com o trabalho em direitos humanos, Estado de Direito e combate à violência sexual, entre outras atividades.
Ao descrever a mudança do papel das missões políticas da ONU ao longo de várias décadas, o relatório aponta exemplos de ajuda da organização aos Estados-Membros “em tempos de mudança”, como a descolonização sustentável e processo de independência na África e na Ásia; auxílio para acabar com as guerras na América Central na década de 1990; implementação do Acordo de Bonn no Afeganistão em 2001; e auxílio ao Nepal em sua transição para a paz e a democracia.
O documento diz que em ambientes desafiadores, o sucesso depende muitas vezes do compromisso das partes envolvidas no conflito e de um espaço político que dê um mínimo de segurança para iniciar o processo de paz. Além disso, o relatório destaca que é fundamental a parceria das missões com as organizações regionais e sub-regionais.
O relatório termina com uma promessa de diálogo contínuo com os Estados-Membros sobre o trabalho das missões políticas e um pedido de apoio para garantir a eficácia de suas atividades.
Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil