Um relatório das Nações Unidas disse que o caminho atual da humanidade não é sustentável e assinalou o declínio da população de peixes, florestas e uma crescente demanda por água e alimentos.
O relatório do Panorama Ambiental Global (GEO-5) foi publicado na quarta-feira, duas semanas antes da cúpula da Rio+20 no Brasil, considerada o maior encontro ambiental em décadas.
O relatório, publicado pelo Programa Ambiental da ONU, constatou que em 90 das mais importantes metas e objetivos ambientais, somente quatro fizeram progresso significativo. Algum progresso foi feito em cerca de 40 objetivos, incluindo a expansão de parques e florestas nacionais, enquanto pouco ou nenhum progresso foi feito em 24 objetivos.
“Se as tendências atuais continuarem, se os padrões atuais de produção e consumo dos recursos naturais prevalecerem e não puderem ser revertidos e ‘dissociados’, então, os governos enfrentarão danos e degradação sem precedentes”, disse Achim Steiner, chefe do Programa de Meio Ambiente, num comunicado que acompanhava o lançamento do relatório.
Se a humanidade não mudar significativamente seus caminhos no futuro próximo, os limiares críticos serão superados e causarão alterações irreversíveis “para a manutenção da vida do planeta”, segundo um comunicado do Programa de Meio Ambiente.
“A evidência científica, construída ao longo de décadas, é esmagadora e deixa pouco espaço para dúvidas” de que os governos da humanidade e do mundo precisam ter uma abordagem mais sustentável, disse Steiner. “Chegou o momento de resolver a paralisia da indecisão, reconhecer os fatos e encarar a humanidade comum que une todos os povos”, acrescentou ele.