RIO DE JANEIRO – Uma associação promete integrar jovens carentes à sociedade, não apenas com surfe, mas também com educação e convivência social.
O Favela Surf Clube é uma associação sem fins lucrativos que promove a integração social de crianças, jovens e adultos moradores do Complexo Cantagalo, Pavão e Pavãozinho, além de outras comunidades.
Vendo que os moradores das Comunidades precisavam de ajuda por estarem vivendo à beira da marginalidade, a Associação de Surfistas do Complexo criou o FSC que oferece atividades esportivas, educacionais, culturais e profissionalizantes a jovens. Desde sua criação há 25 anos, o projeto já ajudou mais de 800 pessoas, segundo o vice-presidente do projeto.
O FSC conta com cursos de surf, vôlei, percussão e futebol de areia, além de oferecer atividades de educação ecológica, conscientizando os alunos e associados a respeito do cuidado que devem ter com o meio ambiente.
O presidente da associação, Alexandre da Silva Carvalho, de 40 anos, nascido e criado no morro do Cantagalo, disse que o objetivo principal da Associação é resgatar o jovem com baixa auto estima para integrá-lo à sociedade, fazendo com que a criança se torne um cidadão.
Consciente das dificuldades e das necessidades vividas pelos moradores de favela, Alexandre abordou que a questão educacional é fundamental. Segundo ele, para estar envolvido diretamente com o projeto, é necessário que o jovem esteja matriculado na escola, e deve apresentar boas notas. Em sua opinião, pessoas menos informadas não reconhecem seus direitos e não podem lutar por eles, fazendo com que haja cada vez mais desigualdade social.
De acordo com Denílson Estácio Cruz, de 41 anos, vice-presidente do projeto, a ideia de se criar uma associação surgiu em 1988, quando um grupo de amigos tinha a vontade de surfar mas não possuía uma prancha. Depois de muito elaborar a ideia, o projeto ganhou forças em março de 2000.
Mas o Favela Surf Clube não se limita ao “surf” que está no título do projeto. Segundo Denílson, além do esporte, é importante a convivência social. Essa interação proporciona conversas que podem ajudar e orientar no caminho dos jovens. Além disso, ele destaca que o principal é ser o exemplo.
“Nosso objetivo principal é formar cidadão, que seja atleta ou não, mas que seja educado”, disse Denílson.
André Carvalho de Araújo Junior, de 13 anos, comprova isso. Tendo participado do projeto desde os 8 anos, o menino disse que o FSC o ajudou na educação e na disciplina, além de ter proporcionado melhoras no surf. Ele quer ser surfista profissional.
A Sede do FSC localiza-se no CIEP – Presidente João Goulart, em Ipanema, no Rio de Janeiro. O local participou do quadro “Lar Doce Lar Social” do programa “Caldeirão do Huck”, que ofereceu uma grande reforma para a associação. Hoje em dia, o espaço possui cinco salas destinadas à fabricação de pranchas de surf, salão de atividades integradas, auditório, loja, vestuário, cozinha, dentre outros.
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