A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a necessidade de se tomar “medidas drásticas”, face ao contínuo aumento do número de mortos e de casos do vírus ebola na República da Guiné, na Libéria e em Serra Leoa.
Em comunicado divulgado na quarta-feira (25), a OMS indica ter havido um “aumento significativo” do número de casos e de mortes devido ao ebola, apesar de a organização ter fornecido assistência por meio do envio de uma equipe multidisciplinar de 150 especialistas.
Desde o início do ano até segunda-feira (23) são 635 casos registrados. Segundo a OMS, 399 pessoas morreram. “O atual surto de ebola é, assim, o maior em termos de número de casos e de mortes, bem como em termos de expansão geográfica”, disse a organização.
“Não se trata de um surto em um país específico, mas de uma crise sub-regional que exige uma ação firme por parte dos governos e dos vários parceiros”, alertou o diretor regional para a África da OMS, Luís Sambo.
A OMS está “seriamente preocupada” com a propagação transfronteiriça em curso, disse o diretor.
Para discutir o melhor modo de conter a crise e desenvolver medidas para combate conjunto à epidemia, a OMS vai organizar uma reunião dos ministros da Saúde de 11 países e de parceiros envolvidos no combate ao surto em Acra, capital de Gana, nos dias 2 e 3 de julho.
O vírus do ebola é altamente contagioso e tem uma taxa de mortalidade que pode atingir 90% dos casos. Provoca febre hemorrágica caracterizada por vômitos, diarreia, dores musculares e, nos casos graves, pela falência de órgãos e hemorragia interna incontrolável.