O jornal inglês ‘London Evening Standard’, distribuído gratuitamente nas ruas de Londres, publicou na sexta-feira passada (9) que Londres poderá receber os Jogos Olímpicos de 2016, devido aos atrasos nas obras no Rio de Janeiro. Segundo a publicação, dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) estariam preocupados e teriam compactuado com os ingleses, em conversas secretas, a possibilidade de os jogos se repetirem na cidade inglesa quatro anos depois.
Uma fonte do COI haveria comparado as conclusões das obras de Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016 às vésperas do evento: “Em Atenas, 40% dos locais estavam prontos. Londres tinha 60%. E o Brasil, 10%. E eles têm apenas dois anos”. Perguntado pelo veículo sobre o plano B, a fonte teria respondido: “Obviamente voltar para Londres. É muito improvável, mas seria algo lógico a ser feito”. O COI, no entanto, negou a informação: “Não há um pingo de verdade nisso”, comunicou à Agência Reuters.
Citado pelo ‘London Evening Standard’, um diretor que trabalhou nas Olimpíadas de Londres disse que há tempo suficiente para deixar a cidade pronta. Porém, que surgiriam algumas dificuldades, como o fato de a vila olímpica que hospedou os 17 mil atletas ter se tornado um condomínio privado e de alguns locais de competição terem virado locais públicos e readaptá-los custaria bilhões de libras.
Com obras atrasadas, a preparação dos Jogos de 2016 tem sido turbulenta até o momento e rendido uma chuva de críticas. Primeiro a demissão da presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos. Em seguida, a greve dos operários do Parque Olímpico e o movimento de intervenção do COI. Vice-presidente do comitê, o australiano John Coates, afirmou que a preparação carioca era pior do que a de Atenas 2004, considerada uma das mais problemáticas da história. Alguns dias depois, porém, ele mudou o tom e disse confiar que o Rio “entregue jogos excelentes”.