Nota do editor: O movimento de renúncia, retirada ou saída do PCC, é chamado de “Tuidang” em chinês. Tudo começou no final de 2004, logo após o Epoch Times publicar os “Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês“, uma série editorial que explora a natureza e a história do PCC. As declarações oferecem um raro e sincero vislumbre da história em construção: O povo chinês virando as costas para o Partido Comunista, a escolha da consciência ao invés do pragmatismo, e pacificamente inaugurando uma China futura, livre do domínio do PCC.
Na China, autoridades da Segurança Pública e outros têm dito ultimamente que estão inquietos sobre a situação no país e sentem a necessidade de renunciar ao Partido Comunista Chinês (PCC).
Um ex-policial de Pequim que já renunciou ao PCC usando um pseudônimo disse, “A queda de Bo Xilai me deixou com uma sensação de grande insegurança e eu continuo sentindo medo de um desastre iminente. A queda de Bo Xilai, o oficial mais corrupto na liderança do PCC com certeza significa o fim do PCC. […] A enormidade dos crimes cometidos pela Secretaria de Segurança Pública [a força policial da China] é inimaginável. Violar as leis que vocês estão encarregados de fazer cumprir é um ato apenas punível com a morte. Mas acredito que o bem e o mal será finalmente levado à justiça e, por isso, peço que o céu proteja os que tenham renunciado ao PCC.”
A Sra. Lee, uma voluntária que ajuda as pessoas a renunciarem ao PCC, falou sobre sua experiência em ajudar um oficial da “Agência 610” a renunciar ao PCC. A Agência 610 é um órgão secreto do PCC criado para o único propósito de perseguir os praticantes do Falun Gong. No início, o oficial falou com a Sra. Lee de uma forma feroz, mas depois de conversar com ela por 40 minutos, ele mudou o tom e lhe deu os nomes de sua mulher, criança e de outras 15 pessoas. Ele perguntou a Sra. Lee como ajudar todos eles a deixarem o PCC.
Dois chefes de polícia da delegacia também renunciaram ao PCC depois de falar com a Sra. Lee. Ambos lhe deram cerca de 40 nomes de amigos e parentes que foram membros do Partido Comunista, da Liga da Juventude ou membros do esquadrão e pediram a Lee para solicitar a retirada deles também. Um dos chefes até mesmo confessou a Sra. Lee seus problemas do passado de alcoolismo, tabagismo e promiscuidade.
De acordo com um policial de Pequim, a situação política atual da China deixou todo mundo em sua delegacia policial sentindo-se muito desconfortável, incluindo o chefe da delegacia e o secretário (o secretário é o oficial do PCC encarregado da delegacia). Sua própria inquietação originou-se do pensamento de que os líderes da China poderão um dia acabar com a perseguição ao Falun Gong e declarar os praticantes inocentes. Como então ele poderia em sã consciência enfrentar suas ações passadas tendo auxiliado na perseguição? Ele decidiu parar de participar na perseguição. “Se sou obrigado a caçar praticantes do Falun Gong à noite, eu encontrarei uma desculpa para não ir”, disse ele. “Se alguém vier denunciar um praticante para mim, fingirei ignorância.”
Muitos oficiais de polícia na China têm procurado voluntários do movimento pedindo-lhes ajuda para renunciarem ao PCC. Em alguns lugares, aldeias inteiras e empresas renunciaram juntos ao PCC. Zheng Yang, outro voluntário do movimento de renúncia ao PCC, ajudou recentemente o secretário do PCC de uma grande empresa estatal a sair.
O secretário do Partido disse que sentiu que uma revolução poderia acontecer em breve na China, “Será como a Rússia, e a autodestruição [do regime comunista chinês] será inevitável.” Ele disse, “A corrupção no PCC não é algo fácil de lidar. Os cidadãos são todos muito críticos a respeito do PCC, mas não há nenhuma maneira deles serem ouvidos.” “No entanto, a corrupção do PCC é algo que todos os cidadãos estão claramente cientes, especialmente após o incidente da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em 1989. Mas de fato eles não falam sobre isso, porque nada acontecerá mesmo que o façam”, disse o secretário.
De acordo com este secretário, a situação atual da economia chinesa é muito ruim. “As coisas estão ficando cada vez mais difíceis. Mesmo que o atual líder chinês Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao se aposentem, eles só deixarão Xi Jinping numa fraca posição de liderança, especialmente se fizerem isso este ano, com a má situação econômica da China. […] Muitas empresas tiveram de reduzir os salários dos empregados em 30% e revogar seus benefícios. O país está agora com o espírito muito baixo e mesmo assim todos ainda têm de trabalhar.” Ele sentiu que grandes mudanças estavam prestes a ocorrer na China, incluindo a queda do PCC.
Mais de 118 milhões de chineses já declararam sua renúncia ao PCC e suas organizações afiliadas desde 2004.