Obesos têm de 8 a 14 anos a menos de expectativa de vida

24/06/2014 06:09 Atualizado: 24/06/2014 06:09

Raul Morin Zaragoza, médico fundador da Academia Mexicana para  Estudo da Obesidade, disse que os obesos têm de 8 a 14 anos a menos de expectativa de vida do que pessoas não obesas, principalmente devido ao estilo de vida moderno, ao acesso fácil ao fastfood e à vida sedentária. A obesidade é um problema mundial.

“É uma perda de 14 anos de vida; uma pessoa obesa vive 14 anos menos. Toda vez que controlamos o peso de um obeso, diminuímos de 10 vezes a probabilidade de ele ter diabetes, de dez vezes de ele ser hipertenso e de quatro vezes de ele desenvolver cálculo biliar. No entanto, as pessoas estão morrendo de diabetes”, disse Raul.

“Uma criança de escola primária, no México, faz apenas nove minutos de ginástica por semana, quando o recomendado é 30 minutos, cinco vezes por semana. Além disso, depois do Brasil, os mexicanos são os maiores consumidores de refrigerantes do mundo”, disse o especialista.

O custo anual decorrente da obesidade é enorme para as empresas devido aos dias de trabalho perdidos devido a faltas ao trabalho e menor produtividade física, além dos custos de assistência médica decorrentes de complicações advindas da obesidade: dor lombar, osteoartrite, problemas cardiovasculares, etc. Esses custos aumentam significativamente ano a ano e consomem enormes recursos do sistema de saúde pública dos países.

“O excesso de peso e a obesidade são tão graves que, pela primeira vez, os pais começam a enterrar seus filhos. E se os pais começarem a enterrar os filhos, não haverá futuro promissor para os países”, disse o doutor.

“A obesidade é uma doença praticamente incurável e que a Organização Mundial de Saúde definiu como mortal. Uma pessoa obesa, geralmente permanece assim durante toda a vida e, embora algumas consigam voltar ao peso normal, a possibilidade de recaída é elevada”.

“É um problema de saúde pública cujo controle envolve mudanças no estilo de vida, as quais devem ser acompanhadas de apoio nutricional, médico, físico, psicológico, farmacológico e até mesmo cirúrgico, quando necessário”.

“Por isso, é imperativo promover medidas preventivas de combate à obesidade com objetivos de longo prazo, porém, sem deixar de lado programas de curto prazo que ofereçam tratamento desde o início, com diagnóstico oportuno e tratamento adequado do paciente”, concluiu o Dr. Morin Zaragoza.

Fonte: Agência ID/DICYT