O presidente americano Obama partiu para o Japão na terça-feira (22) para iniciar sua viagem de uma semana pela Ásia. Ele fará uma visita de Estado ao Japão, discursará aos membros do serviço dos EUA na Coreia do Sul, responderá a perguntas num evento numa prefeitura na Malásia e observará veículos eletrônicos nas Filipinas.
A viagem incluirá encontros pessoais com líderes em todos esses países. Mas o presidente estadunidense não visitará a China – o gigante que aparece cada vez mais nas mentes de todos os outros países, de forma mais significativa nos últimos tempos devido a intensas disputas territoriais marítimas.
O Partido Comunista Chinês afirmou que a maior parte do Mar do Sul da China, que engloba a Malásia e as Filipinas, efetivamente pertenceria a China. As autoridades chinesas também estão numa disputa grave com o Japão sobre quem comanda um grupo de ilhas e afloramentos no Mar do Leste da China.
“Acho que o presidente quer mostrar que os EUA são uma parte permanente da comunidade da Ásia-Pacífico, e que está presente aqui em todos os níveis: político, de segurança, econômico”, disse Matthew P. Goodman, analista de política do Centro de Estudos Estratégicos e Independentes em Washington DC.
Progredir na Parceria Trans-Pacífico, um acordo de livre comércio significativo entre 12 países, abrangendo 40% da economia mundial, também está no topo da agenda do presidente Obama. No contexto da crescente assertividade da China na região, analistas dizem que é o poder brando que vem com ofertas dessa natureza que permitirão fortalecer a influência americana na região da Ásia-Pacífico nos próximos anos.